sábado, 30 de abril de 2011

DOM JOAQUIM ANTÔNIO DE ALMEIDA

O PRIMEIRO BISPO DE NATAL

        
José Ozildo dos Santos


F
igura da maior expressão da história eclesiástica norte-riograndense, Dom Joaquim Antônio de Almeida nasceu aos 17 de agosto de 1868, na fazenda Barra de Pajuçara, zona rural do antigo município de Goianinha, Província do Rio Grande do Norte, sendo o sétimo e último filho do casal José Antônio de Almeida e Antônia Maria de Almeida.
No dia 3 de outubro seguinte, recebeu o sacramento do batismo na Capela do Comum, localizada a três quilômetros da fazenda onde nascera, tendo como oficiante o padre Manoel Ferreira Borges, vigário da freguesia de Goianinha. Seu pai, tenente da antiga Guarda Nacional, em 1872, adquiriu a propriedade “Benfica”, onde passou a residir com sua família.
Em sua própria casa e com um professor particular, o menino Joaquim aprendeu as primeiras letras, tendo concluído o curso primário numa escola pública, regida pelo professor Antônio Corsino Lopes de Macedo, na vila de Goianinha. Vocacionado para o sacerdócio, tratou de aprender os rudimentos da língua latina com o padre Idalino Fernandes de Sousa, à época, vigário de Goianinha.

DOM JOAQUIM ANTÔNIO DE ALMEIDA

Em 1885, matriculou-se no Colégio Diocesano de Olinda, iniciando ali o curso humanístico. No entanto, acometido de beribéri, foi obrigado a retornar ao lar paterno. Em 1889, com a saúde refeita, ingressou no Seminário Maior de Fortaleza, recebendo a tonsura clerical e as ordens menores em novembro de 1892. Um ano depois, o bispo diocesano dom Joaquim José Vieira, conferiu-lhe a ordem maior do diaconato, ordenando-lhe sacerdote no dia 2 de dezembro de 1894.
Retornando ao Rio Grande do Norte, dezesseis dias após sua ordenação, o jovem sacerdote celebrou sua primeira missa na Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Prazeres, em sua terra natal, oportunidade em que foi saudado gratulatoriamente pelo padre Waldevino Nogueira, membro do clero cearense, que veio ao nosso Estado, exclusivamente para participar daquela solenidade.
Convidado por dom Adauto de Miranda Henriques, o jovem padre Joaquim de Almeida foi servir à Diocese da Paraíba, investindo-se nas funções de professor do recém-criado seminário da capital paraibana, onde por falta de outros docentes, passou a lecionar as disciplinas de Geografia, Escritura e Liturgia, Francês, Teologia Moral e Eloqüência Sagrada. Mais tarde, tornou-se diretor espiritual (1895-1897) e reitor do referido seminário (1898-1906). Por suas virtudes, dedicação e zelo ao magistério e ao ministério sacerdotal, foi distinguido com o título de cônego honorário do cabido da catedral paraibana, aos 20 de agosto de 1896. Espírito incansável, de 1904 a 1905, realizou “uma peregrinação pelas cidades, vilas, povoados e fazendas da Paraíba e do Rio Grande do Norte, para obter auxílios pecuniários em favor do Seminário Diocesano”.
Na Paraíba, além das funções já mencionadas, o cônego Joaquim Antônio de Almeida foi consultor diocesano, vigário geral da catedral de Nossa Senhora das Neves e colaborador d’A Imprensa’, jornal católico que circulava naquele Estado. Ainda em 1905, foi agraciado com o título de monsenhor e aos 19 de janeiro do ano seguinte, foi escolhido para ocupar o recém-criado bispado do Piauí. E, nomeado através da Bula Cunetis ubique, pelo Papa Pio X, tornou-se o primeiro sacerdote norte-riograndense a ascender ao episcopado.
Sua sagração episcopal ocorreu no dia 4 de fevereiro daquele ano de 1906, na catedral de Nossa Senhora das Neves, em João Pessoa - antiga Cidade da Parahyba do Norte - tendo com sagrante dom Júlio Tontti, Núncio Apostólico do Brasil, e, como consagrantes, dom Adauto de Miranda Henrique e dom Luís de Brito, este último, bispo de Olinda-PE.
Conhecedor das dificuldades que ia enfrentar no Piauí, para ali seguiu levando em sua companhia seis padres, dois subdiáconos, cinco cléricos portadores das ordens menores, dois teólogos, setes filósofos e três preparatorianos. Sua posse naquela Diocese, ocorreu aos 12 de março daquele mesmo ano, “entre ruidosas manifestações de carinho e fraternidade”.
Dedicado e zeloso em suas funções, em pouco tempo, Dom Joaquim visitou as dez paróquias de sua Diocese. Em Teresina, ainda em meados de 1906, fundou o Seminário Diocesano Sagrado Coração de Maria e criou “um jornal para defender a doutrina cristã”, além de um colégio diocesano, na cidade de Parnaíba.
Entretanto, sua permanência naquele bispado não foi muito tranqüila. A diocese possuía um patrimônio, que foi doado por um casal português - a fazenda Piracuruca. No entanto, seus antigos moradores negaram-se a restituir à Diocese o referido patrimônio e “fizeram o possível para incompatibilizar o governo do Estado com o bispo”.
Ameaças surgiram. O jovem bispo, sem elementos e meios de defesa, entregou sua sorte a Deus, após ter conhecimento de que, por trás de tudo, “havia um plano diabólico, o Palácio Episcopal seria assaltado” e ele “seria preso e embarcado em canoa no Rio Parnaíba, navegando algumas milhas era simulado um naufrágio e morreria em conseqüência do acidente”.
O incidente somente não ganhou maiores proporções, porque seus incitadores, temeram a reação da comunidade católica. Por outro lado, o Dr. Anísio de Abreu, governador do Piauí, que desde o princípio deu sólido apoio aos antigos habitantes da fazenda Piracuruca, afastou-se do cargo por problemas de saúde. O vice-governador em exercício, Dr. Antônio Freire, “passou a ser o maior desvelado amigo de Dom Joaquim e por intermédio do padre Manoel Barreto, resolveu o caso do patrimônio de Piracuruca, que teve solução pacífica e conciliatória”. Entretanto, esta questão, “teve grande repercussão em todo o país, no Senado Federal e na Câmara. Pessoas insuspeitas afirmavam que o Dr. Nilo Peçanha, então presidente da República, telegrafara ao governador do Piauí, recomendando-lhe que fizesse respeitar a autoridade eclesiástica”.
Criada a Diocese de Natal, Dom Joaquim foi designado primeiro bispo do Rio Grande do Norte e assim, nessa condição, retornou ao seu Estado, aportando na capital potiguar n’O Manaus, no final da tarde do dia 11 de junho de 1911, sendo recebido e saudado por uma multidão de quase sete mil pessoas, ao som da Banda de Música do antigo Batalhão de Segurança, tendo à frente o governador do Estado, Dr. Alberto Maranhão, além de várias autoridades civis e militares.
Na Catedral de Nossa Senhora da Apresentação, foi saudado pelo cônego João Evangelista de Castro, vigário da freguesia. Após as solenidades de posse, no antigo “salão róseo do Palácio do Governo”, o Dr. Alberto Maranhão ofereceu um banquete ao bispo, seus acompanhantes e vários convidados ilustres.
Satisfeito com a recepção obtida de seus co-estaduanos, Dom Joaquim fez publicar no extinto ‘Diário do Natal’ - edição de 17 de junho de 1911 - a seguinte nota: “Impossibilitado de agradecer individualmente a todos que compareceram a nossa recepção e posse solene, vimos do alto da imprensa testemunhar, como nosso primeiro ato, profundos reconhecimentos aos nossos diocesanos em geral e, em particular, aos seus principais representantes”.
Instalada a nova diocese, tratou de estruturar o clero potiguar: criou logo o Seminário de ‘São Pedro’, entregando sua direção ao renomado monsenho Alfredo Pegado; repassou o Colégio Diocesano “Santo Antônio” à direção dos padres da Sagrada Família, e o “Santa Luzia”, de Mossoró, a um grupo de franciscanos oriundo de Portugal. Durante seu episcopado - que durou apenas quatro anos - realizou visitas a todas as paróquias de sua diocese, fazendo-se sempre acompanhado por grande número de auxiliares.
No Rio Grande do Norte, Dom Joaquim ordenou nove sacerdotes, que passaram a servir à diocese, tendo ainda criado a Paróquia de Taipú, sob a invocação de Nossa Senhora do Livramento, por decreto diocesano datado de 18 de abril de 1913, nomeando, como seu primeiro vigário, o padre Jefferson Urbano Rodrigues da Rocha, seu antigo auxiliar na diocese do Piauí.
Em maio de 1915, encontrava-se em visita à Paróquia de Canguaretama, quando, subitamente, foi acometido por um derrame cerebral. Retornando a Natal, ficou preso ao leito e achando-se impossibilitado de continuar à frente de sua docese, renunciou o sólio episcopal no dia 15 de junho daquele mesmo ano, passando à condição de bispo titular do Lari. Tempos mais tarde, na busca de cura para seus males, viajou ao Rio de Janeiro, onde, aparentemente, se refez.
Retornando ao Rio Grande do Norte, Dom Joaquim fixou residência em seu sítio “Belo Horizonte”, no município de Goianinha. Resignatário, em 1918, aceitou o convite que lhe foi formulado por Dom Adauto, passando a residir no Palácio Episcopal, na capital paraibana. Orador fluente, tornou-se missionário, pregando o evangelho nos sertões da Paraíba, Pernambuco e Alagoas, sempre atraindo multidões para ouvir suas palavras, seus ensinamentos. Desempenhou tal papel até o limite de suas forças físicas.
Doente, passou a residir em Bom Conselho-PE, numa casa de religiosos e ali esteve de 1935 a 1944. E, próximo a completar bodas de ouro de sua ordenação sacerdotal, resolveu voltar ao Rio Grande do Norte, para festejá-las na mesma matriz onde celebrou sua primeira missa - em Goianinha - sua terra natal.
Velho, cego, movendo-se pelos braços alheios, mas lúcido, Dom Joaquim de Almeida chegou à cidade de Macaíba, na companhia de alguns familiares, em princípios de dezembro de 1944. Aparentemente refeito da longa viagem, seguiu para Goianinha, na manhã do dia 17. No dia seguinte, celebrou suas bodas de ouro sacerdotais, realizando o grande desejo de sua vida. Retornando à Macaíba, passou a residir em casa de sua irmã Ana de Almeida Macedo. No seio familiar, entre uma rede e uma cadeira velha, viveu seus últimos dias de vida.
Barbas longas e brancas, Dom Joaquim possuía um aspecto místico e messiânico. Mantendo sempre a lucidez, celebrava de memória uma missa votiva à Nossa Senhora. Praticamente, viveu seus últimos dias de esmolas. Espírito humilde e caridoso, ainda dividia o pouco que chegava as suas mãos com os mais necessitados, que buscavam seus conselhos.
Enquanto viveu em Macaíba, “manteve certa mania pela terapêutica caseira, distribuindo garrafas medicinais por ele preparadas”, não faltando quem não o incluísse no rol dos taumaturgos. Por fim, faleceu naquela cidade, na tarde de um domingo, dia 30 de março de 1947, após sofrer “o martírio de uma enfermidade longa, aborrecida e incurável; isolando-se de si mesmo, numa época em que a Igreja cuidava pouco de seus padres doentes e imprestáveis”.
Havia celebrado sua última missa no dia 28 daquele infausto mês. O vigário de Macaíba, para a realização da procissão do Senhor Bom Jesus dos Passos, montou um altar em frente a casa onde residia Dom Joaquim e convidou-o para fazer o sermão do encontro.
No entanto, o velho prelado não encontrou forças para atender aquele pedido. Da janela de sua casa, viu com os olhos da alma, o cortejo religioso que passava pela rua. Horas depois, recolhido à sua velha cadeira, morria à semelhança de Samuel, o último dos Juizes de Israel.
Na manhã do dia 31, iniciaram-se os preparativos para seus funerais. Decretado feriado municipal por três dias, o corpo de Dom Joaquim foi levado para a Igreja Matriz e ali o povo macaibense, entre sentimentos compungidos e lágrimas, rendeu sua última homenagem ao primeiro bispo do Rio Grande do Norte. Seu corpo foi encomendado pelo monsenhor João da Mata Paiva (vigário-geral da diocese de Natal), auxiliado pelo padre João Weberck (vigário de Macaíba) e às 12:00 horas foi sepultado no Cemitério Público daquela cidade, que abrigou-lhe em seus últimos momentos de vida.
Trinta dias depois, a diocese celebrou suas exéquias solenes na antiga catedral, oficiadas por Dom Marcolino, 4º bispo de Natal. Na oportunidade, o padre Francisco das Chagas Neves Gurgel - secretário do bispado - pronunciou uma célebre oração fúnebre, inspirada no II Livro da Sabedoria.
No dia 9 de fevereiro de 1951, os restos mortais de Dom Joaquim Antônio de Almeida, foram exumados e transladados para uma capela em Macaíba, onde aquele prelado havia celebrado sua missa votiva. Por fim, em 3 de março seguinte, foram transportados para a antiga Catedral de Natal e ali chegaram acompanhados por vários fiéis, autoridades, sacerdotes e familiares, além de grande massa de curiosos, conduzidos numa urna por um grupo de escoteiros, ao som de marcha fúnebre.
A referida urna foi inumada no interior da catedral, junto à capela do Santíssimo Sacramento. No local, lê-se a seguinte inscrição latina: “Hujus vitae, testis virtutis/ Fuit custas; / Utque justus, Regis magnalia”, que em português, significa: “Foi desta vida o guardião e testemunha da virtude para cantar no céu, as grandezas de Deus”.

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Artigo publicado no jornal ‘A Verdade’, Ano XI, nº 148, Natal-RN, edição de janeiro de 2003.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

NORTERIOGRANDENSES ILUSTRES - IV

AUGUSTO SEVERO DE ALBUQUERQUE MARANHÃO


José Ozildo dos Santos


O
rador, político, jornalista e inventor, Augusto Severo de Albuquerque Maranhão nasceu no dia 11 de janeiro de 1864, na Vila de Macaíba, Província do Rio Grande do Norte, sendo filho do Major Amaro Barreto de Albuquerque Maranhão e de dona Feliciana Maria da Silva e Albuquerque.
Após cursar humanidades, ingressou na Escola Politécnica, no Rio de Janeiro. No entanto, embora tenha iniciado o curso de Engenharia com brilhantismo, não chegou a concluí-lo. Gravemente doente, foi aconselhado pelos médicos a abandonar seus estudos e regressar ao Rio Grande do Norte.
Tempos depois, restabelecido em suas forças físicas, receou voltar à Corte, onde o clima era-lhe hostil. Em Natal, passou a dedicar-se ao magistério, integrando o corpo docente do colégio que, em 1882, havia sido fundado por seu irmão, o médico Pedro Velho, futuro primeiro dirigente da política potiguar, após a proclamação da República.
Augusto Severo de Albuquerque Maranhão

Idealista, cedo integrou-se às  agitações políticas de sua época, aderindo à campanha abolicionista e à propaganda republicana. A esse tempo, começou a projetasse como orador e jornalista, integrando o corpo redacional de ‘A República’.
Proclamada a República, deixou o comércio (atividade a qual dedicava-se desde 1884) e ingressou na política, elegendo-se deputado à Assembléia Estadual Constituinte de 1892. No ano seguinte, ascendeu à Câmara dos Deputados, alcançando projeção e destaque por sua brilhante atuação parlamentar, integrando naquela Casa, a Comissão de Orçamento e Finanças. Reeleito sucessivas vezes, permaneceu no Parlamento Nacional até sua prematura morte, ocorrida em 1902.
Carregava consigo um sonho: descobrir a dirigibilidade dos balões. E, apesar de ter conseguido vários triunfos na vida pública, nunca abandonou seus estudos no campo da Aeronáutica. Em 1893, financiado pelo governo brasileiro, construiu em Realengo um pequeno balão, destinado às suas experiências.
Entretanto, vítima de inimigos invejosos, teve cortado o auxílio e revogada autorização, anteriormente concedida pelo governo, fatos que impossibilitaram alcançar o resultado esperado. Apesar de tudo, não desanimou.


Em 1901, dispondo de parcos recursos e de generosos donativos de alguns amigos, seguiu para Paris. Na ‘Cidade Luz’, construiu o dirigível ‘Pax’, semi-rígido, que foi elogiado por todos os técnicos da época e com o qual, esperava provar suas teorias. Sem recursos suficientes, foi obrigado a antecipar a experiência final, que realizou-se a 12 de maio de 1902.


As dificuldades econômicas também impediram-lhe de dotar o aparelho com toda a segurança projetada. Auxiliado pelo mecânico francês George Sachet empreendeu o vôo experimental, na manhã do dia 12 de maio de 1902. Como esperado, o balão subiu. Mas, explodiu em pleno ar e o corpo de seu caiu gloriosamente morto, sobre Paris. Mártir da ciência, pioneiro da aviação, seu nome constitui-se numa legenda que ultrapassando fronteiras, incorporou-se “ao patrimônio moral da humanidade”.

terça-feira, 19 de abril de 2011

O DISTRITO DE SÍTIO DOS NUNES

José Ozildo dos Santos
Rosélia Maria de Sousa Santos


O
 DISTRITO DE SÍTIO DOS NUNES pertence ao município de Flores, que está localizado na parte setentrional da microrregião Pajeú, Estado de Pernambuco. O referido distrito, que se encontra ao longo da rodovia federal BR 232, num ponto dado pelas coordenadas 8º 2’ 52” S e 37º 0’ 6” W, onde se cruzam a mencionada rodovia federal as PEs  340 e 227.

Foto 1 - Aspectos gerais da localidade

Foto 2 - Aspectos gerais da localidade

As origens históricas do povoado, núcleo inicial do atual distrito de Sítio dos Nunes, remontam ao século XIX, quando ali se fundou uma fazenda de gado e se construiu uma pequena capela. No entanto, o Distrito de Sítio dos Nunes somente foi criado pela Lei Municipal nº 50, aos 30 de maio de 1953.

                                3 - Aspectos gerais da localidade

4 - Aspectos gerais da localidade

À semelhança de todo o município de Flores, o território que forma o Distrito de Sítio dos Nunes é coberto, basicamente, por uma vegetação do tipo Caatinga Hiperxerófila com trechos de Floresta Caducifólia. Na Serra do Tamboril, localizada cerca de 9 Km da referida sede distrital, é possível encontrar uma densa mata nativa, onde existem exemplares de catingueira e mandacaru, com alturas superiores a 15 m. Tal vegetação, integra uma área de preservação ambiental, reservada num assentamento rural ali instalado.

                            5 - Aspectos gerais da localidade

6 - Escola Municipal Dr. Paulo Pessoa Guerra

O clima da região é do tipo Tropical Semi-Árido, com chuvas de verão. As maiores intensidade de chuvas são registrada no período de abril a maio, sendo que a precipitação média anual é de aproximadamente 700mm. Com respeitos aos solos, os mesmos são mal drenados, apresentando fertilidade natural média e problemas de sais.

                         Foto 7 - Escolinha Primeiros Passos

Foto 8 - Centro Cultural Nunense

A sede do referido possui quase 100% de suas vias públicas pavimentadas. Ali, a Prefeitura Municipal de Flores mantém uma empresa contrata, que cuida da limpeza pública, recolhendo o lixo urbano diariamente.
A agricultura da região é centrada, especialmente, na produção de milho e feijão. No entanto, cultiva-se também o tomate e algumas frutas, com destaque para a manga, a goiaba e a pinha. A pecuária é representada pelo criatório de bovino, caprinos e ovinos, cujos rebanhos, em números de animais, se apresentam nessa mesma ordem.

           Foto 9 - Escritório local da COMPESA

Foto 10 - Unidade de Saúde da Família

De acordo com dados divulgados pelo IBGE, em 2008, a população do Distrito de Sítio dos Nunes era de 3.454, sendo que 1.560 residiam na sede distrital e 1.894 nas localidades rurais circunvizinhas. No referido distrito, segundo o Departamento de Arrecadação Tributária da Prefeitura Municipal de Flores, existem 776 imóveis (residenciais e comerciais).


Foto 11 - Posto Policial Local (Móvel)

A população da sede distrital é servida por um sistema de abastecimento d’água, administrado pela COMPESA, que ali também mantém um escritório local.
Em termos de infra-estrutura a referida sede também dispõe de praças, matadouro público, posto policial, Unidade de Saúde da Família, Centro Cultural, Creche, Posto dos Correios e Telégrafos, cartório, posto médico-odontológico e biblioteca pública.

                  Foto 12 - Capela Local
Foto 13 - Casa da Pastoral

Em Sítio dos Nunes existem cerca de quarenta pequenos estabelecimentos comerciais e duas pequenas indústrias. A comunidade local é servida por telefones públicos estrategicamente instalados, sendo considerável o número de telefones residenciais e comerciais ali existentes.
                          
                                          Foto 14 - Posto dos Correios

No campo educacional, a localidade sedia duas escolas, sendo que a Escola Municipal de Ensino Fundamental e Médio Dr. Paulo Pessoa Guerra é a mais importante. Em termos culturais, o distrito possui o Centro Cultural Nunes, que é uma organização não-governamental, ligada à Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) e ali mantém uma Biblioteca, que presta uma homenagem ao professor Carlos Borges.
                                   
                                             
              Foto 15 - Assembléia de Deus
Foto 16 - Congregação Cristã do Brasil

O principal acidente orográfico existente no território do Distrito de Sítio dos Nunes é a Serra do Tamboril, que além de sua beleza paisagística, abriga um rico sítio arqueológico, formado unicamente por pinturas: trata-se da Casa de Pedra do Tamboril.

Foto 17 - Casa de Pedra do Tamboril

  Foto 18 - Pinturas rupestres, Casa de Pedra do Tamboril

A mencionada Casa de Pedra encontra-se dentro dos limites traçados para uma área de preservação ambiental, consignada na antiga Fazenda São Gonçalo, que foi desapropriada no início do presente século, para a formação do Assentamento Rural Riacho do Navio II.
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Fotos: Rosélia Santos, setembro/2009.

domingo, 17 de abril de 2011

CAICÓ - RN

DATAS E NOTAS PARA A HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CAICÓ

ABRIL

José Ozildo dos Santos

01-04-1926
Foi inaugurado na cidade de Caicó, o Externato São Luís, que passou a oferecer à população caicoense um ensino infantil e elementar de boa qualidade, sob a direção da professora Maria Leonor Cavalcanti.

01-04-1964
Nesta data, Paulo Celestino da Costa, presidente da UEC (União Estudantil Caicoense), lançou nota de repúdio ao golpe militar, através dos microfones da Emissora Rural de Caicó. Na referida nota, chamava os militares de “gorilas”. Imediatamente, o comando do batalhão do Exército, sediado na cidade, convocou aquele líder estudantil e o padre Itan Pereira (diretor da Emissora Rural e do Colégio Diocesano Seridoense), para prestarem explicações, sendo ambos advertidos por tal nota.

02-04-1914
Circula em Caicó o primeiro número do jornal ‘O Seridoense’.

03-04-1853
Nesta data, o cônego visitador Manoel José Fernandes procedeu a transferência da imagem de Nossa Senhora do Rosário, da antiga para a nova capela, construída em Caicó e dedicada a referida santa.

03-04-1960
Era inaugurado o Instituto de Educação, em Caicó.

04-04-1889
É divulgado em Caicó o ‘Manifesto Republicano’, redigido pelo talentoso acadêmico de direito Janúncio da Nóbrega Filho, documento da maior relevância dentro do quadro político da Província, no final do Império.

04-04-1990
Em sessão histórica, a Câmara Municipal de Caicó promulgou a Lei Orgânica do Município. Na oportunidade, participaram da elaboração do referido texto constitucional os seguintes vereadores: Ivanor Pereira (Presidente), Regina Araújo de Souza (Vice-Presidente), Joaris da Silva (Secretário), Hamilton Teixeira de Araújo (Relator Geral), José Furtunato Sobrinho, Francisco Garcia de Araújo, Manoel Tomaz de Barros, Paulo Roberto de Oliveira, Francisco Gregório de Azevêdo, Dinarte Alves da Mota, Manoel Damásio dos Santos, Nailde Dantas Pereira, Edevaldo Adolfo Maia, Pirajá Saraiva Bezerra (in memoriam) e Roberto Medeiros Germano (Suplente).

05-04-1915
Era inaugurada a primeira Igreja Presbiteriana caicoense. Originária de um núcleo histórico fundado pelo pastor norte-americano William C. Porter, em março de 1899, a Igreja Presbiteriana em Caicó teve inicialmente como ministro Manuel Machado, cujo trabalho foi continuado pelo presbítero José Acelino. Entre seus primeiros conversos, encontram-se Delmiro Saldanha, Epaminondas Lopes, Francisco Vale, Henrique Pereira, José Pequeno, dona Maria Gurgel de Araújo e filhos.

05-04-1928
O caicoense José Augusto teve seu nome indicado para o Senado da República, na vaga aberta com a renúncia do senador Juvenal Lamartine de Faria, candidato eleito para o governo do Rio Grande do Norte.

05-04-1959
Ocorre a sagração de dom Manoel Tavares de Araújo, terceiro bispo da Diocese de Caicó.

05-04-2008
Foi inaugurado na cidade de Caicó, o Complexo Turístico Ilha de Santana. O referido complexo presta homenagem a tres personalidades importantes para a cidade: o ex-governador Dinarte Mariz, monsenhor Antenor Salvino e o ex-vice-prefeito Darci Fonseca, além da artesã Maria Vale, cujos nomes foram dados, respectivamente, ao anfiteatro, ginásio de esporte, praça da alimentação e praça do artesanato da Ilha de Santana.

06-04-1861-a
Nasce em Caicó, Diógenes Celso da Nóbrega. Bacharel pela Faculdade de Direito do Recife (1889), notabilizou-se como orador e jornalista corajoso. Casado com dona Olímpia Santiago da Nóbre­ga, faleceu em sua cidade natal, aos 19 de julho de 1928.

06-04-1861-b
Em seu Relatório apresentado à Assembléia Legislativa, nesta data, o Dr. José Bento da Cunha Figueiredo Júnior, presidente da Província do Rio Grande do Norte, informava que a Matriz de Nossa Senhora Sant’Ana do Caicó encontrava-se arruinada, necessitando de uma caiação e de uma nova cobertura. Os referidos reparos foram alçados em 4:000$.

06-04-1889
O acadêmico Janúncio Nóbrega Filho, no ardor dos seus 19 anos, assume a direção e responsabilidade da coluna republicana, publicada em ‘O Povo’.

07-04-1889
Por iniciativa do acadêmico Janúncio da Nóbrega Filho, instalou-se na cidade de Caicó o ‘Clube Republicano’, que teve como seu primeiro presidente, o octogenário Manoel Sabino da Costa, que tomara parte na Confederação do Equador, em 1824.

07-04-1962
Nasce em Caicó, Geomar Brito Medeiros. Diplomado em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (1987), fez um curso de Mestrado na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo-PUC/SP, na área de Direito Processual Civil. Em 1990, por concurso público, tornou-se promotor público. E, posteriormente ingressando na Magistratura, foi Juiz de direito em Cruzeta, Martins e em Mossoró. Atualmente, é titular da 11ª Vara Cível, em Natal. Homem culto, possui diversos trabalhos publicados.

08-04-1889
Nesta data, foi preso o gatuno João José Gomes da Trindade Templo de Maria Dantas, desvendando assim o mistério dos roubos da casa do mercado, de Caicó.

09-04-1545
Nesta data, realizou-se a primeira visita do elemento branco ao Sertão do Seridó. Da referida missão de reconhecimento fizeram parte os portugueses José Brito de Almeida, Antônio de Mendonça e Vasconcelos, Pero Lopes de Macedo e Natanael Gomes Soares, que partiram de Olinda e adentraram o sertão, na companhia de silvícolas da nação tapuia, “que tinham ido ao litoral escondidos dos tupis”. Nessa visita, foram identificados os lugares Boqueirão do Cuó, o rio da Carnaúba, além do Rio Queiquó (ou Acauã), que faz barra no Piranhas.

09-04-1859
Pela Lei Provincial nº 435, a povoação de Jardim de Piranhas, no município de Caicó, tornou-se sede de um distrito de paz.

09-04-1938
Nesta data, foi empossado como prefeito do município de Caicó, o senhor Inácio de Medeiros Dias, que permaneceu no exercício do referido cargo até 1943, quando foi substituído pelo Dr. Aldo Medeiros.

09-04-1960
Inaugurado o Serviço Telefônico Urbano, em Caicó.

09-04-1995
Foi aberto em Caicó um ciclo de debates intitulado ‘A Juventude Questiona o Futuro’, sob a organização dos clubes de jovens locais, que se prolongou até o dia 28 do mês seguinte, abordando os seguintes temas: Precariedade do sistema coletivo de transportes; índice decadente de aprovados no vestibular no CERES de Caicó; o papel dos políticos no desenvolvimento de uma região; drogas, álcool, prostituição - a vida de Caicó afetada, e o papel da prefeitura diante dos principais problemas.

10-04-1843
Nasce em Caicó, Ezequiel de Araújo Fernandes. Filho de Cosme Damião Fernandes e Isabel Maria de Araújo Fernandes, foi uma das mais importantes figuras no cenário político caicoense no final do século XIX. Coronel, comandante superior da Guarda Nacional da Comarca do Seridó, era proprietário da Fazenda Sabueiro.

11-04-1613
Nesta data, na presença Teodósio de Orggeste Machado, provedor real de Sua Majestade, ocorreu a demarcação das terras do riacho Carnaúbas, localizado na ribeira do Quinturaré, no atual município de Carnaúba dos Dantas. A referida área foi dividida entre os indígenas tapuias, negros e brancos. Na oportunidade, primeiramente foi ouvido o rei Janduí, da nação dos tapuias, “que imperava nas ditas terras como senhor de gados e lavouras rasteiras”. Aquele chefe silvícola pediu Provedor Real, “oito léguas de terra de extensão, por duas de largura”, tendo como marco inicial uma a rocha em forma de pirâmide, existente na serra do Picuí, “passando pelo dito riacho até atingir o lugar Marimbondo”, no que foi atendido.

11-04-1833
Por ato do Conselho da Província, é criado o município de Acari, desmembrado do território da antiga Vila do Príncipe. A referida criação foi confirmada pela Lei Provincial nº 16, de 18 de março de 1835 e o citado município foi oficialmente instalado no dia 24 de setembro seguinte.

11-04-1858
O padre Francisco Justino Pereira, natural do Caicó e à época, vigário de Jardim do Seridó, assumiu perante o padre Tomás Pereira de Araújo (vigário da freguesia de Nossa Senhora da Guia, do Acari), o cargo de Visitador Geral e Delegado do Crisma da Província do Rio Grande do Norte, em substituição ao cônego Manoel José Fernandes, que falecera, no exercício da referidas funções e na regência da Matriz Nossa Senhora Sant’Ana, do Caicó.

12-04-1995
Morre em Natal, Manoel Félix Filho - o Neco - primeiro locutor da Rádio Rural de Caicó, onde atuou no período de 1963 a 1973. Começou sua carreira de locutor na Difusora do padre Galvão, passando posteriormente para o Serviço de Publicidade A Voz do Seridó. Além de radialista, Neco Félix era cantor e compositor. Na década de 1960, em parceria com Francisco Franklin e Jomar, fundou o famoso Trio Cigano, que chegou a gravar o compacto duplo, em 1968. Primeiro apresentador do Jornal Falado Rural, Manoel Félix Filho é um ícone na história radiofônica caicoense.

13-04-1860
Era criado o curso primário feminino, na sede do município de Caicó.

14-04-1912
O Dr. José Augusto Bezerra de Medeiros deixa o cargo de juiz de direito da comarca de Caicó, após ser nomeado Chefe de Polícia em Comissão nos Municípios do Interior do Estado. No exercício deste último cargo, aquele ilustre caicoense permaneceu menos de dois meses. No dia 9 de junho seguinte, pediu exoneração para poder disputar uma vaga na Assembléia Legislativa, pelo Partido Republicano Federal do Rio Grande do Norte.

15-04-1748
Era criada a freguesia de Nossa Senhora Sant’Ana do Seridó, por ato do visitador Manoel Machado Freire, em cumprimento ao decreto de 20 de fevereiro de 1747, expedido por dom Frei Luís de Santa Tereza, 7º bispo de Olinda-PE, a cuja jurisdição era subordinado o território norte-riograndense. Desmembrada da Matriz de Pombal-PB, a nova freguesia, “intitulada com o Título e Invocação de Santa Anna”, tinha os seguintes limites: “a Ribeira das Espinharas, começan­do das suas nascenças, ou nascenças do seu rio com todas as suas verten­tes e desaguadores nelle até a Barra que faz no Rio das Piranhas, e por este abaixo até os limites da Freguezia do Assú, ficando a Ribeira do Seridó, suas vertentes e todas as mais que d’esta parte correm para o dito Rio de Piranhas (que será divisa entre a antiga e a nova Freguezia), para Freguezia de Santa Anna; e o que fica para outra banda do Rio de Piranhas pela parte do Patú, e que não for Ribeira das Espinharas e suas vertentes ficam continuando a pertencer a antiga Freguezia de Nossa Senhora do Bom Sucesso”. Como primeiro vigário, posteriormente foi designado o padre Francisco Alves Maia, que esteve à frente da Matriz do Seridó no período de 1748 a 1755. No exercício das referidas funções aquele sacerdote foi substituído pelo padre Marcos Ferreira da Morais e Castro, durante um curto período, em 1753.

15-04-1825
Nasce no Acari, termo do antigo município da Vila Nova do Príncipe, Joaquim Pereira de Araújo, o futuro coronel Quincoló. Homem rico e influente, além de ocupar o cargo de comandante superior da Guarda Nacional, em Caicó, exerceu atividades políticas, tendo, como deputado provincial, participado da Assembléia Legislativa. Faleceu no dia 21 de janeiro de 1889, deixando grande descendência no Seridó.

16-04-1917
Nasce em Serra Negra-RN, Ruy de Medeiros Mariz. Diplomado pela Faculdade de Medicina da Bahia (05-12-1938), exerceu inicialmente suas atividades profissionais em Jardim do Seridó, “onde, pela abnegação que devotava aos clientes, principalmente entre os menos afortunados, se tornou um ídolo”. Anos mais tarde, fixou residência em Caicó. Em 1952, elegeu-se prefeito municipal. Homem de conduta ímpar, cumpria seu mandato quando prematuramente faleceu aos 26 de setembro de 1954, no segundo ano de sua administração.

Ruy de Medeiros Mariz

18-04-1777
Nasce na fazenda Jatobá, situada no atual município de Campo Grande, Oeste do Rio Grande do Norte, o padre Francisco de Brito Guerra, vigário colado da Matriz de Nossa Senhora Santana do Caicó e senador do Império pelo Rio Grande do Norte.

Sobrado onde morou o padre Francisco de Brito Guerra, em Caicó.
Hoje, Casa da Cultura

18-04-1956
Falece em Natal, Juvenal Lamartine de Farias, ex-governador do Estado do Rio Grande do Norte e uma das maiores lideranças políticas do Seridó, na Primeira República.

Juvenal Lamartine de Farias

18-04-1958
Nesta data, a cidade do Caicó recebeu a visita do Exmo. Sr. Dr. Juscelino Kubitschek de Oliveira, presidente da República. Da comitiva presidencial faziam os senhores ministros da Viação e do Trabalho, o Dr. Paulo Sarasate (Governador do Ceará) os deputados federais Teodorico Bezerra, José Arnoud, Dix-Huit Rosado e José Jofily.

19-04-1857
Nasce em Caicó, José Batista de Araújo Pereira, o major ‘Zezinho do Toco’. De família influente, teve participação ativa na política dos Batistas até 1922. Membro da Comissão Eleitoral do Caicó (1906-1908), casou-se com Regina Coelli de Araújo, filha do ex-deputado provincial Salviano Batista de Araújo, de cuja união, deixou descendência.

20-04-1834
Nesta data, diante dos problemas surgidos após a promulgação da Lei de 25 de outubro de 1831, que determinou a demarcação dos limites da antiga Vila Nova do Príncipe, a Câmara Municipal do Acari, enviou à Assembléia Geral, uma longa representação justificando a necessidade de serem mantidos, na íntegra, os termos da referida lei.

20-04-1852
Pelo Decreto nº 964, nesta data, era criado o Comando Superior da Guarda Nacional do Seridó, com sede na Vila do Príncipe e superintendência sob os termos de Acari e Jardim do Seridó. O mesmo diploma legal instituiu os 16º e 17º batalhões da Guarda Nacional, na Vila do Príncipe e no Acari, respectivamente, ambos compostos por oito companhias.

20-04-1860
Por portaria assinada pela presidente da Província, Bel. João José de Oliveira Junqueiro Júnior, era nomeado para exercer o cargo de delegado da instrução pública na Vila do Príncipe, o coronel Joaquim Apolinar Pereira de Brito.

20-04-1958
Nesta data, o Secretário da Educação do Estado, ins­talou o Curso Pedagógico do Centro de Formação Educacional do Minis­tério Primário de Caicó.

21-04-1925
Era inaugurado o serviço de iluminação pública de Caicó. Nesse mesmo dia, ocorreu na cidade a primeira partida intermunicipal de futebol.

22-04-1915
O caicoense Amaro Cavalcanti, por decreto desta data, foi nomeado para integrar a delegação do Brasil, enviada para tomar parte nos trabalhos da Conferência Financeira, que se reuniu na cidade de Washington (USA), em 24 de maio de 1915.

22-04-1966
A cidade de Caicó recebe a visita do presidente Castelo Branco. Nesse mesmo dia, inaugurou-se o Posto de Piscicultura do Açude Itans e o Cinema Rio Branco.

23-04-1769
Comparece na sacristia da Matriz de Sant’Ana, do Caicó, o cidadão José Gonçalves Ferreira, fazendeiro e morador no Quixeré, e, perante o padre Manoel Rodrigues Xavier, declara sua última vontade, “temendo-se da morte”, cujo teor de suas declarações foi lavrado, em parte, nos seguintes termos: “alumiado do Divino Espírito Santo me resolvi a doar hum pouco de gado vacum e cavalar, do qual fis mensão em meo testamento ao Sr. S. S. Sacramento que se a de colocar nesta minha Matriz da Sra. Santa Anna do Siridó para ajuda do azeite da sua lâmpada”. E, após nomear a quantidade de animais, assim conclui: “de minha livre vontade, sem constrangimento de pessoa alguma e nem insinuação faço doassam firme e irrevogavel ao Sr. S.S. Sa­cramento para o sobredito com a declaração, porém, que, enquanto eu for vivo hei de ser o administrador dos sobreditos bens, doados, sem que pessoa alguma me possa tomar contas e nem tirar os sobreditos bens do meo poder, sal­vo se eu consentir”.

23-04-1904
Falece em Caicó o Coronel Ezequiel de Araújo Fernandes.

23-04-1973
Pelo Decreto nº 72.115 foi transferido a sede do 1º BE Cnst de Caicó-RN para São Gabriel da Cachoeira-AM, com o objetivo de “participar do esforço nacional de preservação, integração e desenvolvimento da Região Amazônica”.  

24-04-1886
Falece em Roma, onde era professor do Colégio Pio Latino-Americano, o caicoense Sebastião Constantino de Medeiros, antigo vigário da Freguesia de Serra Negra-RN e governador do Bispado de Olinda-PE, durante a Questão Religiosa.

25-04-2005
Nesta data, o Colégio de Consultores da Diocese de Caicó, escolheu para ocupar o cargo de Administrador Diocesano, o padre Francisco de Assis Dantas de Lucena. Assim, com a nomeação de dom Jaime Rocha para o bispado de Campina Grande, aquele sacerdote assumiu a administração da Diocese de Caicó, em cujo exercício permaneceu até 08 de setembro de 2006, quando ocorreu a posse de Dom. Fr. Manoel Delson Pedreira da Cruz, 6º bispo do Seridó.

26-04-1702
O ajudante Leandro Borges Pacheco, morador em Taipú, obtive do capitão-mor Francisco de Abreu Pereira, da Paraíba, uma data e sesmaria, situada no riacho do Samanaú, afluente do Seridó, onde “havia um poço chamado do mesmo nome do dito riacho Samanaú, sem que nunca fosse cultivado ou possuido de pessoa alguma”. Totalizando duas léguas em quadro, as referidas terras ficavam no atual município de Caicó.

26-04-1850
Nesta data, o cônego Manoel José Fernandes, vigário da Freguesia do Caicó, recebeu dos cofres do governo provincial a quantia de 800 réis, destinada ao custeio das obras de restauração da Matriz de Nossa Senhora Santana.

26-04-1867
Nasce na Fazenda Riacho Fundo, município de Caicó, Manoel Gomes de Medeiros Dantas. Bacharel pela Faculdade de Direito do Recife (1890), Promotor público no Jardim e Acari, Juiz federal substituto, diretor geral da Instrução Pública (1897-1905, 1911-1924), Procurador geral do Estado (1908-1911), professor, deputado estadual (1905-1907). Em Caicó, foi um dos fundadores do jornal ‘O Povo’ (1889-1992), e em Natal, do ‘Diário do Natal’ (1893), ‘Estado do Rio Grande do Norte’ (1895), tendo atuado como redator d’A República’. Grande conhecedor de tradições sertanejas, assuntos geográficos, publicou ‘O Rio Grande do Norte’, ‘Denominações dos Municípios’, ‘Natal daqui a cinquenta anos’, ‘Tomás de Araújo’ e, postumamente, ‘Homens de outrora’.

Manoel Gomes de Medeiros Dantas

26-04-1890
O caicoense Amaro Cavalcanti, por decreto desta data, foi nomeado 2º Vice-Governador do Estado do Rio Grande do Norte, ato que foi tornado sem efeito por decreto de 6 de junho seguinte, por haver transferido sua residência para fora do Estado.

27-04-1864
Por decreto provincial desta data, era criado o 21º Batalhão da Guarda Nacional do Seridó, com sede na vila de Jardim do Seridó, composto por seis companhias e subordinado ao comando superior estabelecido na Vila do Príncipe.

27-04-1960
É fundada a União Estudantil Caicoense.

28-04-1788
Em carta ao Ouvidor Geral, o Governador de Pernambuco autorizou a criação da Vila Nova do Príncipe, no Seridó potiguar. Eis o referido documento, em parte: "Vi a representação que vossa mercê me dirigiu em 28 de Março do próximo pre­térito a respeito do quanto seria útil ao bem e socego do público e ao real serviço que se erigissem em vila e povoações dos Cari­ris, Seridó e Assú; as justiças não podem coibir por não lhes chegar a notícia a tem­po tal que as averiguações são infrutíferas, quando pelo contrário as criações das ditas, vilas se obrigariam a recolher a elas os vadios para trabalharem, se promoveria o cas­tigo dos delinqüentes, adiantar-se-ia a agri­cultura e se aumentaria o comércio: nesta certeza e pela faculdade que S. M. me per­mite na real ordem de 22 de julho de 1766 de que remeto a cópia, concedo a vossa mercê a faculdade para erigir em vilas as Povoações dos Cariris que se denominará Vila Nova da Rainha, a povoação do Seri­dó Vila Nova do Príncipe e a povoação do Assú, Vila Nova da Princesa. Das cópias in­clusas constará a vossa mercê os termos a que se precedeu na que por ordem de meu Predecessor erigiu na povoação do Piancó José Januário de Carvalho, corregedor des­sa Comarca para que nas povoações acima indicadas mande vossa mercê praticar o mesmo conforme. Concluídas as ditas cria­ções me remeterá os autos que, para vir no conhecimento dos termos e distritos que a cada delas pertencer. Recife, 28 de abril de 1788. Dom Thomaz José de Mello. Senhor Doutor Desembargador Antônio Felipe So­ares de Andrade Brederode, Ouvidor Geral da Com arca da Paraíba”.

28-04-1957
Nesta data, dom José Adelino Dantas, 2º bispo da Diocese de Caicó, criou a Paróquia de São João Batista, de Cerro Corá. Desmembrada da Matriz de Nossa Senhora Santana, de Currais Novos, aquela sede paroquial teve início com uma capela, construída no local, por Manoel Osório de Barros, por volta de 1903. Seu primeiro vigário foi o cônego Deoclides de Brito Diniz, caicoense de nascimento.

Dom José Adelino Dantas

28-04-2000
Nesta data, o médico e deputado caicoense Álvaro Dias, presidente da Assembléia Legislativa, assumiu o governo do Estado do Rio Grande do Norte, em cuja interinidade permaneceu até o dia 7 de maio seguinte.

Álvaro Dias
30-04-1695
Por concessão feita pelo governo da Paraíba, Pascácio de Oliveira Ledo e Sebastião da Costa, obtiveram uma data de terra no poço ou riacho chamado Adequê, medindo 6 léguas de extensão. As referidas terras achava-se em poder dos beneficiários desde 1690 e localizavam-se no território do atual município norte-riograndense de Jucurutu, desmembrado de Caicó, em 11 de outubro de 1935.

30-04-1854
Nasce na Fazenda Umari, município de Caicó, Manoel Augusto de Medeiros. Diplomado pela Faculdade de Medicina da Bahia (1884), foi um dos mais dedicados médicos do Seridó antigo. Político dos mais combativos nos sertões potiguares, elegeu-se deputado à Assembléia Estadual Constituinte de 1891. Faleceu aos 21 de novembro de 1922, em Jardim do Seridó, onde foi sepultado.

30-04-1887
Nasce em Caicó, Silvino Bezerra Neto. Bacharel em direito, juiz de direito, desembargador, membro do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, diretor da Escola de Aprendizes Artífices, chefe de Polícia, procurador geral do Estado, o Dr. Silvino Bezerra Neto foi um das mais importantes figuras do solo potiguar. Faleceu em Natal, no dia 17 de fevereiro de 1969.

Silvino Bezerra Neto