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sábado, 23 de outubro de 2010

CAICÓ - RN

DATAS E NOTAS PARA A HISTÓRIA
DO MUNICÍPIO DE CAICÓ - RN

José Ozildo dos Santos

OUTUBRO


01-10-1889
Instala-se a Comissão Socorros Públicos, com o objetivo de prestar assistência à população atingida pela seca no município de Caicó. E, visando absorver a mão-de-obra flagelada, deliberou que a mesma seria aproveitada na construção de um novo prédio para a Câmara Municipal.

01-10-1957
Entrou em funcionamento na cidade de Caicó a Fábrica de Óleos Vegetais São Francisco, de propriedade do senhor E. Germano da Silva.

02-10-1881
O caicoense Amaro Cavalcanti, recém-chegado dos Estados Unidos, onde havia sido diplomado pela Escola de Direito da Union University (Albany, no Estado de New York), foi nomeado pelo Presidente da província do Ceará, Senador Pedro Leão Veloso, para ocupar o cargo de Diretor-Geral da Instrução Pública, num reconhecimento a sua experiência no exercício do magistério público e nos estudos a que, sobre o ensino, havia procedeu naquele país.

03-10-1832
Nasce em Caicó, Antônio Aladim de Araújo. Filho de Joaquim de Araújo Pereira e Maria dos Santos Silva, advogado, exerceu os cargos de curador-geral dos órfãos, promotor público e juiz municipal. Na política, elegeu-se deputado provincial. Senhor e proprietário da Fazenda Soledade, faleceu em sua terra natal aos 4 de maio de 1889. Casado com a senhora Maria Dativa de Azevedo Araújo (natural do Recife), deixou importante descendência no Seridó.

03-10-1913
Nasce em Caicó, Hiram de Lima Pereira. Jornalista, ator e político. Em Caicó, Hiram chegou a apresentar algumas peças teatrais, todas de fundo comunista e socialista. Filiado ao Partido Comunista do Brasil, elegeu-se deputado federal pelo Rio Grande do Norte em 1946. No entanto, teve seu mandato cassado em 1948 junto com toda a bancada do PCB. Com o Golpe de 1964, Hiram de Lima Pereira entrou na clandestinidade. Na época, exercia a função de Secretário de Administração Municipal da capital pernambucana. Em 1966, transferiu-se para o Rio de Janeiro e depois, para São Paulo, onde atuou como jornalista e dirigente político. Na clandestinidade, usava o codinome de José Vanildo de Almeida. Identificado, foi preso. Seu último contato com a família ocorreu em janeiro de 1975.

03-10-1959
Ocorreu a instalação da Loja Maçônica ‘Trabalho e Fraternidade’, na cidade de Caicó. Seu primeiro venerável foi o senhor José Gurgel de Araújo.

Loja Maçônica ‘Trabalho e Fraternidade’, no centro da cidade de Caicó

03-10-1965
O caicoense Walfredo Gurgel é eleito governado do Estado do Rio Grande do Norte.

04-10-1825
Nasce na Fazenda ‘Cavalcanti’, município da antiga Vila do Príncipe, Francisco Rafael Fernandes. Ordenado padre em finais de 1848, iniciou suas atividades sacerdotais na Vila do Príncipe, tornando-se auxiliar do Padre Manoel José Fernandes (de quem era sobrinho, pelo lado paterno). Em 1858, com a morte do tio, ascendeu a condição de vigário da referida freguesia, funções que desempenhou até 1868. Sacerdote modelar e orador sacro talentoso, abraçou o magistério e tornou-se professor público (1866-1895), tendo exercido suas funções em Caicó e no povoado de São João do Príncipe, atual cidade de São João do Sabugi. Em 1872, erigiu uma pequena capela, dedicada a Nossa Senhora do Patrocínio, em terras da fazenda de seus pais, dando inicio a um povoado que recebeu inicialmente o nome de ‘Pascoal’, numa referência a um monte com essa denominação, localizado nas redondezas. Anos mais tarde, o referido sacerdote fixou residência naquela pequena localidade, ali fundou uma feira, delineou suas ruas, tornando-a uma próspera povoação, da qual, foi seu primeiro capelão, designando-a ‘São Fernando’, hoje, município autônomo - desmembrado de Caicó, através da Lei Estadual nº 2.333, de 31 de dezembro de 1958 - que ainda conserva a antiga denominação. O Padre Francisco Rafael Fernandes faleceu no dia 8 de outubro de 1908, aos 83 anos de idade, na cidade de Caicó.

04-10-1973
Pela Resolução nº 83/73, do Conselho Universitário da UFRN, criaram-se condições legais para o funcionamento do Núcleo Avançado de Caicó, cuja aula inaugural - que contou com a presença do Magnífico Reitor Genário Alves Fonseca, foi realizada em 9 de março de 1974.

05-10-1878
O padre Sebastião Constantino de Medeiros, caicoense de nascimento e antigo vigário de Serra Negra e ex-governador do Bispado de Olinda, ingressa na Companhia de Jesus.

06-10-1788
Era criada a Freguesia de Nossa Senhora da Guia, com sede na povoação de Patos, no sertão paraibano. Seu território, foi desmembrado da antiga Matriz de Nossa Senhora Santana de Caicó.
07-10-1880
Falece em Caicó, o patriarca Joaquim Apolinar Pereira de Brito. Era filho de Joaquim de Santana Pereira e Maria Teresa das Mercês, irmã do padre e senador Francisco de Brito Guerra. Casado com Maria Isabel Fernandes, a ‘Mãe Gorda’, deixou grande descendênca.

07-10-1899
Falece na Fazenda Pedreiras, município de Caicó, o Dr. Januncio Nóbrega Filho. Bacharel pela Faculdade de Direito do Recife (1891) elegeu-se deputado à Assembléia Estadual Constituinte de 1892 e foi redator de ‘O Povo’, primeiro jornal caicoense.

07-10-1930
Nesta data, Dinarte Mariz foi empossado como prefeito de Caicó, por delegação da Junta Militar composta pelo Coronel Luiz Guerreiro e pelos capitães Abelardo Castro e Júlio de Perouse Pontes. O mesmo ato de nomeação, outorgou-lhe ainda a chefia revolucionaria da região do Seridó.

Dinarte Mariz

08-10-1915
É inaugurado o Açude Mundo Novo, no município de Caicó.

08-10-2006
Dom Fr. Manoel Delson Pedreira da Cruz, baiano de Biritinga, foi emposado como 6º bispo da Diocese de Caicó.  
09-10-1948
Aparece o primeiro número d‘O Rosário’, jornalzinho literário e humanístico, editado pelos professores do Ginásio Diocesano Seridoense. Seu terceiro número circulou no dia 14 de outubro de 1948. No ano seguinte, reaparece no dia 7 de outubro.

10-10-1935
Pelo Decreto nº 932, assinado pelo Interventor Mário Câmara, foi criado o município de Jucurutu, cujo território foi desmembrado dos municípios de Caicó, Augusto Severo e Santana dos Matos.

11-10-1935
Desmembrado em sua maior parte de Caicó, era criado o atual município de Jucurutu, com a denominação de São Miguel do Jucurutu. O núcleo humano que deu origem à atual cidade de Jucurutu, foi uma fazenda de gado, localizada “entre o Saco da Inês e a Serra do Jucurutu, na Ribeira do Seridó”, fundada pela capitão Manoel Antônio das Neves, em 1767. Após a construção de uma capela, aos poucos, a localidade foi ganhando delineamento urbano. Em 1870, na povoação de São Miguel, já existia uma escola pública.

12-10-1981
Falece em Natal, Joel Adonias Dantas. Grande proprietário rural, foi prefeito de Caicó no período de 1932-1933. Casado com a senhora Julieta de Medeiros Dantas, deixou extensíssima descendência. Seu corpo foi transladado para a cidade do Caicó e sepultado num jazigo da família, no Cemitério São Vicente de Paula, onde também repousam os restos mortais de sua consorte.

13-10-1889
Por ato desta data, foi removido a pedido, da promotoria da Comarca de Caicó para a de Imperatriz (atual cidade de Martins), o Dr. José Ferreira Muniz. Para substituí-lo, foi nomeado o Dr. José Mariano Carneiro Bezerra Cavalcanti, pernambucano, diplomado pela Faculdade de Direito do Recife, na turma de 1881.

14-10-1688
Uma correspondência oficial desta data noticia que o cel. Antônio de Albuquerque da Câmara, comandante da casa-forte do Cuó, “tivera as suas tropas dizimadas, somente sobrevivendo o próprio coronel, o capelão e um trombeta”.

14-10-1956
Foi fundada e instalada a Associação Comercial de Caicó

16-10-1905
Falece em Natal, o Padre João Maria Cavalcanti de Brito, nascido no antigo território do município de Caicó.

17-10-1890
Em sua edição desta, o jornal ‘O Povo’ noticiava que no quartel de polícia da cidade do Caicó estava aceitando “voluntários para a Armada, mediante a gratificação de 400$000 pagáveis 100$ no Natal a 300$ na Capital federal”. E que os voluntários deveriam ser solteiros e robustos.

17-10-1957
Nasce em Caicó, Marília de Medeiros Faria Morais. Cirurgiã-Dentista, formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), reside na cidade de Oeiras, situada no Distrito de Lisboa, Portugal, onde exerce suas funções profissionais.

18-10-1835
Pela Lei Provincial nº 15, desta data, era aprovado o compromisso da Irmandade das Almas (fundada em 1791), da Freguesia de Nossa Senhora Santana do Caicó.

18-10-1874
Nesta data, na povoação de Jardim de Piranhas, parte integrando do antigo município de Caicó, o padre João Maria Cavalcante benzeu uma Imagem de Nossa Senhora dos Aflitos, e em seguida, celebrou a primeira naquela localidade. Ainda por iniciativa daquele sacerdote, inicou-se a construção de uma capela dedicada à Nossa Senhora dos Aflitos, hoje, servindo com Igreja Matriz.

18-10-2005
A cidade de Caicó recebeu a visita da governadora Wilma de Farias. Durante todo o dia, a governadora esteve em Caicó cumprindo agenda administrativa, tendo autorizado obras em escolas e visitado os trabalhos de construção da ‘Ilha de Santana’.

21-10-1831
O padre Francisco de Brito Guerra, na condição de visitador dos sertões do Rio Grande do Norte, mandou que fossem reconhecidos como paroquianos do Seridó os moradores das localidades situadas ao poente do Rio Piranhas, observado as disposições contidas na Lei Provincial nº 17, de 23 de março de 1835.

21-10-1885
Era nomeado para ocupar o cargo de Delegado Escolar da cidade do Príncipe, o Dr. Antônio Aladim Araújo.

21-10-1956
É fundada a Associação Comercial de Caicó.

22-10-1918
Nasce em Caicó, Francisco das Chagas Neves Gurgel. Ordenado sacerdote no dia 15 de novembro de 1942, em solenidade realizada na antiga Catedral de Natal. Homem de reconhecida cultura, deixando o sacerdócio, desenvolveu intensa atividade jornalista, no sudeste do país.

23-10-2001
Nesta data, o jornalista, historiador, biógrafo, memorialista e ensaísta caicoense Joacil de Britto Pereira recebeu, no Rio de Janeiro, o título de sócio honorário da Academia Brasileira de Letras jurídicas.
                                                             
24-10-1916
É instalada a Mesa de Rendas de Caicó.

25-10-1831
Aos 25 do mês de outubro de 1831, no Paço da Cidade do Rio de Janeiro, na presença do Regente Diogo Antônio Feijó, do Ministro e do Secretário de Estado dos Negócios da Justiça, os Conselheiros do Império, Marqueses de Inhambupe, Santo Amaro, Baependi, Caravelas, Maricá, São João da Palma, Barbacena, e Conde de Lajes, foi promulgado o decreto que estabeleceu os limites da Vila Nova do Príncipe.

25-10-1927
Simpático à causa feminina, o caicoense José Augusto de Bezerra Medeiros que encontrava-se no exercício do governo do Rio Grande do Norte, sancionou a  Lei n° 660, regulamentando o serviço eleitoral e instituindo o voto feminino no Estado.

25-10-1931
Em solenidade realizada na Capela do Pontifício Colégio Pio-Americano, em Roma e presida pelo arcebispo José Palica, é ordenado sacerdote o caicoense Walfredo Dantas Gurgel. Político e educador, governou o Rio Grande do Norte no período de 1966 a 1971, além de ter representado o seu Estado na Câmara e no Senado Federal. Figura da maior dimensão no clero e na história política potiguar, o Monsenhor Walfredo Gurgel faleceu em Natal, a 4 de novembro de 1971.

25-10-1936
Ocorre a ordenação do presbitero Manuel Tavares de Araújo, que, anos mais tarde, ascendendo ao episcopado, tornou-se o terceiro bispo da Diocese de Caicó.

26-10-1689
Nesta data, Domingos Jorge Velho chegou à Serra da Rajada, para combater os tapuias, da tribo Janduís, que habitavam aquela região, ocupando áreas hoje pertencentes aos municípios de Parelhas, Jardim do Seridó, Carnaúba dos Dantas e Acari.

26-10-1824
Chega a Caicó, Frei Caneca na companhia de vários soldados confederados, em fuga pelos sertões, após o fracasso no movimento revolucionário, que entrou para a história pátria como a Confederação do Equador e que teve como epicentro a cidade do Recife. Na antiga Vila do Príncipe, os confederados depois de fazerem a oração, deram vivas à religião, à nação brasileira e ao Partido Liberal, ao povo da vila, dando a artilharia uma salva de sete tiros. Em Caicó, Frei Caneca e a tropa confederada demoraram quase uma semana, tempo necessário para abastecer a divisão e consertar as carretas que se quebravam de momento a momento pela ‘ruindade dos caminhos’. Na manhã do dia 2 de novembro seguinte, o pelotão retirante deixou a Vila do Príncipe e passando por Pascoal (atual cidade de São Fernando), Olho D’água do Ferreiro e Caiçara, deixaram o rio Seridó e atravessaram o Piranhas.

26-10-1866
Nesta data, por portaria assinada pelo presidente da Província, foi nomeada para ocupar a cadeira de instrução pública da Vila do Príncipe, a professora Francisca Maria da Assunçâo Fonseca.

28-10-1865
Nesta data, o Presidente da Província do Rio Grande do Norte, Dr. Olinto José Meira, aceitando o oferecimento dos voluntários do Seridó, sob o comando do caicoense José Bernardo, incumbiu-o de conseguir novos voluntários para a Guerra do Paraguai.

28-10-1967
É assassinado em Caicó, o Dr. Carlindo Dantas.

28-10-2006
É aberto na cidade de Caicó (RN), o 3° Encontro Estadual do “Empreender”. Promovido pela Federação das Associações Comerciais do RN, SEBRAE e Associação Comercial de Caicó. O referido evento, que prolongou-se a até o dia, teve como objetivo principal elevar a competivividade das micros e pequenas empresas (MPE) e promover o associativismo e o desenvolvimento organizacional das associações comerciais no Rio Grande do Norte.

29-10-1866
Por portaria assinada pelo Presidente da Província nesta data, foi nomeada professora interina da Vila do Príncipe, a senhora Francisca Maria da Assumpção Fonseca. Nessa mesma data, foram também nomeados professores, o padre Joaquim Félix de Medeiros e o cidadão Amaro Soares Cavalcanti Brito, ambos com exercícios, respectivamente, nas povoações de São João do Príncipe e Jardim de Piranhas, termos do antigo município da Vila do Príncipe.

30-10-1689
Termina o combate iniciado no dia 28 de outubro, entre as tropas do terço paulista, sob o comando de Domingos Jorge Velho e os tapuias Janduís, no lugar denominado Saco do Xique-xique, situado atualmente no município de Carnaúba dos Dantas.

31-10-1702
Manuel Marques de Souza, Mateus de Viveiros e Antônio de Viveiros, moradores nos sertões de Cariris, obtiveram do capitão-mor Francisco de Abreu Pereira, da Paraíba, duas léguas de extensão por meia de largura, para cada um, totalizando seis léguas de terras, ao longo do rio Quipauá, a partir do Poço Quincó, rio abaixo, até um outro poço, denominado Tebenheré, em território do atual município do Caicó.

31-10-1938
Por força do Decreto Estadual nº 603, desta data, o município de São Miguel do Jucurutu - que fora desmembrado de Caicó - teve sua denominação alterada e passou a denominar-se apenas Jucurutu.

31-10-1948
É fundando o Rotary Clube de Caicó.

CORIOLANO DE MEDEIROS - O IMORTAL


José Ozildo dos Santos


De família humilde, Coriolano de Medeiros nasceu a 30 de novembro de 1875, no sítio ‘Várzea das Ovelhas’, localizado às margens do Riacho Cipó, no sopé da Borborema, em território do atual município de Santa Terezinha, à época, sobre a jurisdição de Patos, Província da Paraíba. Filho do casal Aquilino Coriolano de Medeiros e Joana Maria da Conceição, pelo lado paterno, era neto do professor Francisco Herculano de Medeiros, primeiro tabelião público e primeiro mestre-escola da Vila de Patos, e, pelo materno, descendia do cearense Cosme Vieira da Silva, patriarca da família ‘Vieira’, no sertão das Espinharas, de quem era bisneto.
Em 1877, sua família oprimida pela terrível seca que assolava o sertão, transferiu-se para a capital paraibana, onde, pouco tempo depois, faleceu seu genitor, acometido de sezão. Anos mais tarde, sua mãe contraiu novo matrimônio com o senhor Vitorino da Silva Coelho Maia, que, com carinho e apreço, contribuiu fortemente para a formação do pequeno Coriolano, futuro grande homem das letras paraibanas, que embora tenha se consagrado como ‘Coriolano’, retificava que a grafia correta de seu prenome era CARIOLANO - aliás, era como o chamava seu grande amigo Monsenhor Walfredo Leal - pois procedia do tribuno romano Caio Márcio. Daí, aduzia, Carioles - Cariolano”.

Coriolano de Medeiros

Na antiga cidade de Nossa Senhora das Neves, o jovem Coriolano fez seus estudos básicos. Inicialmente, freqüentou uma escola particular, localizada na Praça de Nossa Senhora Mãe dos Homens, regida pela professora Cecília Cordeiro. Seguidamente, foi aluno dos renomados professores Antônio Ribeiro Guimarães e Manoel Fortunato. Em 1891, no Liceu Paraibano, concluiu o antigo curso de preparatórios. No ano seguinte, aos dezessete anos de idade, matriculou-se na tradicional Faculdade de Direito do Recife, onde cursou até o terceiro ano.
Sem vocação para a ciência de Ulpiano, abandonando o curso jurídico, dedicou-se à vida comercial, passando a trabalhar como caixeiro da ‘Tabacaria Peixoto’, fazendo, nessa profissão, “todas as etapas de balconista e comerciante estabelecido”.
Na maturidade, em seu círculo de amigos, Coriolano de Medeiros revelou que seu maior sonho na mocidade era tornar-se médico ou oficial da Marinha. Entretanto, não lastimava o malogro de suas as­pirações, chegando a confessar: "não retenho muitas recordações da minha juventude; ela passou por mim, sem que eu percebesse”.
Adolescente, ingressou no mundo das letras, participando, ao lado de Neves Júnior e José Manoel dos Anjos, da redação do periódico A União Tipográfica’, no qual publicou seu primeiro artigo, intitulado ‘Coesão da Classe’, pugnando pela solidariedade entre os tipógrafos. Foi nesse pequeno jornal que Coriolano de Medeiros também estreou como poeta.
Ainda na última década do século XIX, por duas vezes tentou ingressar no serviço público e embora tenha conseguido o primeiro lugar nos concursos que submeteu-se - o primeiro para Oficial de Descarga da Alfândega e o segundo, para Postulante dos Correios - foi substituído por outros pretendentes, indicados pela política da época. Por esse tempo, nesse último órgão, coube-lhe algumas substituições eventuais, “quando algum funcionário licenciava-se ou faltava ao serviço”, percebendo a metade do salário do titular do referido respectivo cargo.
Em 1898, faleceu seu padrasto, cabendo-lhe a responsabilidade total de manter a família. Por esse tempo, abriu uma aula de primeiras letras na Rua São José, hoje Desembargador Arquimedes Souto Maior, em João Pessoa. E, por vários anos, manteve-se às custas do magistério particular.
Amante da boa música, era ainda muito moço quando passou a integrar o corpo de instrumentista da ‘Banda do Clube Astréa’, na capital paraibana. E, “tal era o prestígio que desfrutava no seio de seus colegas, que a 29 de setembro de 1901, em frente ao Clube Astréa, à Rua Direita, hoje Duque de Caxias, foi homenageado através de uma retreta programada pela própria banda e que figurava no programa a Schottisch denominada ‘Coriolano de Medeiros’, composição do mestre Manuel Maneleu a ele dedicada”.
Entretanto, alegando afazeres particulares, deixou o referido grupo orfeônico. Mas, em 1902, convidado por Eduardo Fernandes e pelos maestros Elias Pompílio e Plácido Cezar, tornou-se membro-fundador do ‘Club Symphonico da Parahyba’, que foi a primeira orquestra sinfônica tabajara.

Coriolano e Eulina de Medeiros

No dia 29 de julho de 1905, Coriolano de Medeiros desposou a pianista Eulina de Medeiros Rolim - viúva do Dr. Joaquim Gonçalves Rolim, ex-juiz de Cajazeiras - com quem conviveu durante 47 anos “numa ininterrupta felicidade conjugal”. Entretanto, de seu casamento não houve filhos. Em sua residência, costumava organizar saraus artísticos, dos quais participavam várias figuras ilustres da sociedade paraibana.
Em 1909, no Governo João Lopes Machado, foi nomeado escriturário da Escola de Aprendizes Artífices, galgando, em 1922, a direção do referido estabelecimento, cargo no qual se aposentou. De sua autoria, é a letra do hino da referida escola, musicado pelo maestro Severino Gomes e entoado pela primeira em 1925.
Em 1912, associado a várias figuras de prestígio no meio musical paraibano, participou da fundação do ‘Club Musical Guarany’, “associação que se destinava a incentivar a prática e gosto musical da juventude” e que teve como principal entu­siasta Otávio Golzio. Nesse mesmo ano, encenou o drama "Como se passa a Festa", representado pela primeira-vez na Praia Formosa, no dia 6 de janeiro.
Em marco de 1917, Coriolano de Medeiros instituiu um curso de matemática, destinado à preparação técnica dos sócios da Associação dos Empregadores do Comércio da Paraíba, que serviu como núcleo formativo da Academia de Comércio ‘Epitácio Pessoa’. Assim, aos 4 de setembro de 1921, na qualidade de presidente do AECP, coube-lhe a honra de dar “ciência à casa da próxima fundação da Academia de Comércio que a Associação pretendia manter”, proferindo, mais tarde, a aula magna quando da instalação da referida instituição educativa.
Homem de reconhecido valor, em 1928, teve seu nome lembrado para ocupar o cargo de Secretário Geral do Estado, no Governo João Pessoa. No entanto, devido à sua ligação política com monsenhor Walfredo Leal - que lhe conseguiu o emprego na Escola de Aprendizes Artífices - foi vetado por Epitácio Pessoa, à época, líder supremo da política paraibana, que em carta ao sobrinho, escrita de Haia, assim justificou-se: "tenho a impressão de que foi sempre nosso ad­versário e não é de feitio para o cargo; parece melhor deixar onde estava já que não pode ir para a Biblioteca e não há um Instituto Históri­co Oficial".
Jornalista de grande escol, considerado o melhor discípulo de Artur Aquiles, participou do corpo redacional de ‘O Comércio’ (1900), onde escrevia o suelto, a notícia, o artigo de fundo, cuidava da parte financeira, da distribuição e dos problemas pessoais do opera­riado”. Colaborador d‘A União’, fundou a revista ‘A Filipéia’, hebdomadário “literário, agrícola, político, religio­so, científico, artístico, industrial e humanístico”, cujo primeiro número circulou a 2 de julho de 1905, tendo como principais redatores Artur Aquiles, Neves Júnior, Castro Pinto e Francisco Barroso. Nove anos mais tarde, fez circular o Jornal do Comércio’, diário que defendia os interesses das classes produtoras, eqüidistante dos par­tidos.
E, durante a histórica campanha de 1915 - que marcou o rompimento entre os senadores Walfredo Leal e Epitácio Pessoa - gerenciou o Diário do Estado’, órgão de propaganda política walfredista, que teve como redatores vários nomes de destaques no cenário político estadual, a exemplo de Antônio Sã, Isidro Gomes, Leonardo Smith, José Américo, Ro­drigues de Carvalho, Seráfico Nóbrega Sênior, Heráclito Caval­cante e o cônego Matias Freire.
Professor nato, educador da velha têmpera, sectário das punições justas, lecionou em várias escolas da capital paraibana e exerceu seu ofício até o limite de suas forças físicas, encerrando sua carreira docente no ano de 1948, dando suas últimas aulas na ‘Escola Underwood’, em João Pessoa, iluminado pela luz da inteligência, pois, a essa época, já havia perdido a visão.
De sua genitora, ainda menino, Coriolano de Medeiros ouviu as mais belas e fascinantes histórias, lendas e fatos do sertão paraibano, que despertaram-lhe a vontade de conhecer a região onde nascera. Em 1888, ainda adolescente, visitou a Vila de Patos, oportunidade em que observou e colheu as primeiras impressões, que mais tarde seriam reveladas em seus livros.

Cap do principal livro de Coriolando de Medeiros

Pesquisador incansável da história e das tradições do sertão paraibano, em 1914, através da Imprensa Oficial Estadual, Coriolano de Medeiros lançou a primeira edição do seu Dicionário Corográfico do Estado da Paraíba’, que foi bastante elogiado pela crítica da época e que ainda hoje, constitui-se numa das maiores fontes de pesquisa sobre a terra tabajara e que teve uma segunda tiragem em 1950, patrocinada pelo Ministério da Edu­cação/Departamento de Imprensa Nacional, com introdução de Augusto Mayer, diretor do Instituto Nacional do Livro. Dizia aos seus amigos íntimos, que “perdera a visão no grande esforço que fizera manuseando velhos documentos”, atualizando a referida obra, para sua segunda edição.
Homem sincero, em 1922, numa entrevista a Analice Caldas - que empreendeu uma sugestiva enquet­te, destacando as figuras da intelectualidade paraiba­na - Coriolano de Medeiros revelou-se “um cidadão temente a Deus, realizado, des­prendido, compreensivo e destituído de ambição”. Feliz e ciumento “o quanto se pode ser”, admitiu também que aspirava ter “a bondade de Cristo e a paciência de Job”.
Educador, jornalista, poeta, ensaísta, historiador, romancista e folclorista, Coriolano de Medeiros deu uma grande e valiosa contribuição à literatura paraibana. Faleceu a 25 de abril de 1974, aos 98 anos de idade, em sua residência localizada à Rua do Sertão, 232, Bairro do Cordão Encarnado, na capital paraibana, onde permaneceu recolhido após perder a visão.
Sócio fundador do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano (1905), do Centro Literário Paraibano, do Instituto de Proteção e Assistência à Infância (1912), da Associação de Homens de Letras, da Universidade Popular da Paraíba e da Academia Paraibana de Letras (onde ocupou a cadeira nº 7 e foi seu primeiro presidente), João Rodrigues Coriolano de Medeiros pertenceu a várias outras instituições culturais do país, na condição de sócio correspondente, a exemplo do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo e de Sergipe, do Centro Polimático de Natal, do Instituto Arqueológico e Geográfico Alagoano e do Centro de Ciências e Letras de Campinas (SP).
Amante da boa leitura, entre os autores estrangeiros, apreciava Balzac, Zola, Camões e Guerra Junqueiro, preferindo José de Alencar, Aluísio de Azevedo, Machado de Assis, Coelho Neto, Castro Alves e Olegário Mariano, entre os nacionais. Freqüentemente, fazia referências aos conterrâneos Augusto dos Anjos, Rodrigues de Carvalho, Perilo d'Oliveira e Silvino Ola­vo, juntando-os a Inácio da Catingueira e Francisco Romano Caluête.
Musicólogo por vocação, apreciava os seguintes compositores eruditos: Carlos Gomes, Verdi, Charles Gounod e Alberto Nepomuceno.
Preso à sua província, a mais longa viagem empreendia por Coriolano de Medeiros foi a Maceió, para visitar o compadre e confrade Jaime D'alta-Vila. E, “por duas vezes recusou insistentes convites do Interventor Argemiro de Figueiredo, para ir à Holanda, com todas as despesas pagas pelo Estado a fim de coligir documentos para a história da Paraíba”.
Possuidor de uma inteligência ímpar, “Coriolano de Medeiros foi um bom retratista de ambientes, de usos e costumes e deixou um acervo precioso, especialmente no campo da historio­grafia regional”. Em sua preciosa bibliografia destacam-se os seguintes livros: ‘Diccionário Chorográfico do Estado da Parahyba’ (1914); ‘Do Litoral ao Sertão’ (contos, 1917); Resenha Histórica da Escola de Aprendizes Artífices do Estado da Paraíba do Norte’ (memórias, 1922); ‘O Tesouro da Cega’ (drama, 1922) ‘Maestros Que Se Foram’ (biografias, 1925); ‘O Barracão’ (romance, 1930); ‘Manaíra ou nas Trilhas da Conquista do Sertão’ (novela, 1936); ‘A Evolução Social e Histórica de Patos’ (1938); ‘O Tambiá da Minha Infância’ (memórias, 1942); ‘Sampaio’ (memórias, 1958), além do verbete ‘Estado da Paraíba’, para o ‘Diccionário Histórico, Geográfico e Ethonográgico do Brasil’, publicado pela Imprensa Nacional (Rio, 1922). Deixou ainda valiosa contribuição literária, publicada em vários jornais e revistas - que ascende a mais de três centenas de artigos e estudos - lamentavelmente ainda não reunida em merecidos volumes.
Idealizador e arquiteto da Academia Paraibana de Letras, “seu nome é sem dúvida, o ponto culminante daquela organização cultural”. Sobre sua pessoa, um dos mais importantes depoimentos nos foi legado pelo Cônego Francisco Lima, seu confrade e amigo, que em sessão realizada na Academia Paraibana de Letras, na noite de 30 de novembro de 1965, assim se pronunciou: “É um testemunho de nossa vida his­tórica e política, de nossas realizações sócio-culturais durante todo o regime republicano e boa parte do recente, apático, frio, mas um temperamento vivo, interessado pela terra e pelo homem, vi­brante de civismo nos grandes momentos em que esplende o amor à gleba. Os velhos jornais, as antigas revistas, as veneráveis po­lianteias dos nossos museus literários assim no-lo revelam o Co­riolano mestre; o Coriolano historiógrafo se não historiador; o Co­riolano beletrista com uma contribuição relevante nos domínios da literatura de ficção; o Coriolano jornalista assinando crônicas de substância e colorido, a que não faltava o chiste, a sátira inocente a personagem e os costumes da cidade”.
Culto e simples, o mestre Coriolano possuía uma visão universalista e soube de forma grandiosa, transmitir às gerações futuras, magníficos tesouros de sua sabedoria. Amigo da mocidade, à semelhança de Sócrates, era um homem sensível as lagrimas e viveu uma vida longa e tranqüila.
No campo da historiografia, ele deixou ensinamentos que projetaram-o como ‘mestre e autorizado intér­prete’ dos fatos da história paraibana. E, pela grandeza e dimensão cultural de sua obra, será sempre lembrado como um dos maiores expoentes das letras de seu Estado. Pois, seu legado fecundo, constitui uma obra imortal, tanto quanto ele.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

CAICÓ - RIO GRANDE DO NORTE

DATAS E NOTAS PARA A HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CAICÓ – RN

José Ozildo dos Santos

JANEIRO


01-01-1870
Era inaugurado o prédio do primeiro Mercado Público, construído na cidade, durante a administração do Cel. Manoel Batista Pereira. As referidas instalações ficavam entre a Igreja do Rosário e a Matriz de Sant’Ana, na parte antiga de Caicó, onde hoje encontra-se a Praça Eduardo Gurgel de Araújo, antiga Praça do Mercado ou da Liberdade.

Praça Eduardo Gurgel de Araújo, ao fundo, o antigo Mercado

01-01-1901
É inaugurado o ‘Cruzeiro do Século’. Na oportunidade, que contou com grande participação popular, o padre Emídio Cardoso, vigário da Matriz de Sant’Ana, celebrou solene missa. Chanfrado inicialmente numa pequena ilha do rio Seridó, posteriormente o referido cruzeiro foi colocado num pedestal construído no Serrote da Cruz, localizado às margens do referido rio. Ponto de devoção popular, ali foi construído uma capela dedicada a São Sebastião (1940). Hoje, restaurada e ampliada, a referida capela serve para celebrações periódicas e é frequentemente visitada por fiéis e turistas.

01-01-1924
O advogado caicoense José Augusto Bezerra de Medeiros assume o governo do Estado do Rio Grande do Norte, em substituição ao Dr. Antônio José de Melo e Souza. Em sua administração, José Augusto prestigiou a cidade de Caicó, que à época possuía uma economia próspera em virtude da produção de algodão.

Dr. José Augusto

01-01-1925
Circula o primeiro número do ‘Jornal de Caicó’. Numa segunda fase, sob a direção de José Gurgel de Araújo, o Jornal de Caicó reapareceu em dezembro de 1930.

01-01-1967
É instalada a Paróquia de São José, no Bairro Paraíba, sendo seu primeiro vigário o padre João Medeiros Filho.

01-01-1969
O padre Antenor Salvino de Araújo foi empossado como pároco da histórica Matriz de Santana.

01-01-1968
Por decreto diocesano, assinado por Dom Manoel Tavares, 3º bispo de Caicó, foi criada a Paróquia de Nossa Senhora dos Aflitos, com sede na cidade de Jardim de Piranhas.

02-01-1998
Nesta data, o médico e deputado caicoense Álvaro Dias, presidente da Assembléia Legislativa, assumiu o governo do Estado do Rio Grande do Norte, em cuja interinidade permaneceu até o dia 10 do mesmo mês e ano.

04-01-1723
Nesta data, José da Luz Soares, morador na Capitania da Paraíba, obteve do governador João de Abreu Castelo Branco, uma data de terra e sesmaria com 3 léguas de comprimento por uma de largura, ao longo do riacho Quixeré - nas proximidades do riacho dos Cavalos e da Serra da Formosa - que desaguava no rio Quipauá, em território do atual município de Caicó.

08-01-1959
O padre Manoel Tavares de Araújo é eleito 3º bispo da Diocese de Caicó.

10-01-1924
Caicó torna-se sede de um arciprestado.

12-01-1917
O caicoense Amaro Cavalcanti, por decreto desta data, foi nomeado para ocupar o cargo de Prefeito do Distrito Federal, tomando posse no dia 15 seguinte. No exercício das referidas funções permaneceu até 15 de novembro de 1918, quando foi exonerado a pedido.
14-01-1917
Nasce na fazenda Triunfo, município de Caicó, o futuro padre Aderbal Leitão Vilar, que. Coadjutor e posteriormente titular da Paróquia de Nossa Senhora Santana, de Caicó, o padre Aderbal foi professor do Ginásio Diocesano Seridoense e vigário de Serra Negra. Em 1953, transferiu-se para o Rio de Janeiro, fixando-se posteriormente na Diocese de Santo André, São Paulo. Professor público, Diretor Diocesano da Obra das Vocações Sacerdotais, faleceu em Curuçá no dia 5 de setembro de 1985. Seu corpo, transladado para Caicó, foi sepultado no interior da Matriz de Nossa Senhora Santana, em cuja igreja havia celebrado sua primeira missa.

15-01-1907
Falece na fazenda Solidão, município de Caicó, o coronel José Bernardo de Medeiros, no pleno exercício de seu mandato como senador da República. Caicoense dos mais ilustres, antigo líder do Partido Liberal, no Império, foi um dos primeiros políticos seridoenses a manifestar apoio à República. José Bernardo foi um homem “que a nada se poupou a fim de servir à causa do seu partido, um des­prendido e desinteressado, preocupado exclusivamente com o bem de sua terra e a paz do seu povo, na defesa de cujos interesses se colocou sempre coma maior altivez e hombridade”.

José Bernardo

15-01-1926
É inaugurado o Colégio Santa Terezinha, fundado no ano anterior, por iniciativa de dom José Pereira Alves, 3º bispo de Natal. À época, regia a Matriz de Nossa Senhora Santana, de Caicó, o padre Celso Cicco. O referido educandário foi entregue à administração das religiosas ‘Filhas do Amor Divino’.

16-02-1909
Pelo decreto estadual nº 189, assinado pelo governador Alberto Maranhão, foi criado o Grupo Escolar Senador Guerra. Instalado num dos salões da Prefeitura Municipal, no dia 25 de março do ano seguinte, o Senador Guerra teve como seu primeiro diretor o professor Pedro Gurgel.

Grupo Escolar Senador Guerra

17-01-1940
É expedida a bula de criação da Diocese de Caicó

18-01-1897
O caicoense Amaro Cavalcanti, por decreto desta data, foi nomeado para ocupara a pasta de Ministro da Justiça e Negócios Interiores, tornando-se um dos principais auxiliares de Prudente de Morais na administração do país, tendo determinado a elaboração de uma Notícia histórica dos serviços, instituições e estabelecimentos pertencentes ao respectivo ministério, trabalho que veio contribuir eficazmente para o conhecimento mais exato dos diversos ramos da administração pública.

Amaro Cavalcanti

19-01-1955
Pelo Decreto nº 36.787, desta data, foi criado o 1º Batalhão de Engenharia de Construção (1º B E Cnst), com a denominação inicial de 1º Batalhão Ferroviário. Sua instalação na cidade de Caicó ocorreu no dia 30 de março daquele mesmo ano. A denominação atual foi instituída pelo Decreto nº 42.921 de 30 de dezembro de 1957, o mesmo que criou o 1º Grupamento de Engenharia.

20-01-1847
Nasce na Fazenda Umari, no território da antiga Vila Nova do Príncipe, Sebastião Constantino de Medeiros. Fez seus estudos eclesiásticos no Seminário de Olinda-PE, ordenando-se sacerdote no dia 30 de novembro de 1870. Vigário da Freguesia de Serra Negra-RN, a convite de Dom Vital, transferiu-se para o Pernambuco, onde tornou-se professor de Teologia do Seminário de Olinda, do qual foi seu reitor. Governador do Bispado de Olinda, durante a Questão Religiosa, exercia seu magistério no Colégio Pio Latino-Americano, em Roma, quando ali prematuramente faleceu aos 24 de abril de 1886. Caicoense dos mais ilustres, em Roma, exerceu também o ofício de auxiliar do padre Maxiamiliano Máximo, um dos grandes nomes da Igreja Católica, no século XIX.

Padre Sebastião Constantino de Medeiros

20-01-1966
Falece no Rio de Janeiro o caicoense Antônio Fernandes Dantas, general do Exército que durante o Estado Novo foi interventor federal do Estado da Bahia (1937-1938) e do Rio Grande do Norte (1943-1945).

21-01-1749
O português Tomás de Araújo Pereira, foi nomeado para ocupar o posto de sargento mor do Regimento das Ordenanças do Seridó, em substituição a João Gonçalves de Melo.

22-01-1922
Realiza-se em Caicó a primeira partida oficial de futebol.

23-01-1866
A bordo do paquete ‘Tocantins’, o Batalhão de Voluntários do Seridó, comandado pelo caicoense José Bernardo - que havia embarcado para o Rio de Janeiro para participar da Guerra do Paraguai e fora dispensado pelo Governo Imperial - desembarcou em Natal.

23-01-1935
Em Caicó, é destruído o busto de José Augusto, existente na praça que leva o seu nome, pelos aliados do governador Mário Câmara. O ato de vandalismo foi praticado por soldados da Polícia Militar, sob o comando do Tenente Rangel, delegado da cidade, que mandou dinamitar o referido busto.

24-01-1951
Falece em Curitiba-PR, o caicoense Abner de Brito. Advogado, jornalista, professor, juiz distrital, foi uma poeta brilhante, cuja produção literária, em grande parte, ainda encontra-se esparsa em jornais e revistas de seu tempo, ameaçada pelas traças e pelo tempo. Uma pequena amostra de poesia pode ser vista no livro ‘Do meu reduto provinciano’, de Esmeraldo da Siqueira.

25-01-1935
É inaugurada a sede própria do Centro Operário Caicoense.

27-01-1968
É assinado o convênio para a construção do Colégio Agrícola de Caicó.

27-01-1966
É inaugurado o Ginásio Joaquim Apolinar.

28-01-1922
Falece no Rio de Janeiro, o Dr. Amaro Cavalcanti, sendo sepultado no Cemitério de São João Batista.

31-01-1892
Realizou-se nesta data as eleições para a escolha dos deputados à Assembléia Estadual Constituinte. Na oportunidade, o município de Caicó elegeu os doutores José Peregrino de Araújo (juiz de direito da comarca) e Janúncio da Nóbrega Filho (advogado, jornalista e republicano histórico).

31-01-1948
Falece o Dr. José da Silva Pires Ferreira. Médico renomado, chegou à cidade de Caicó em 1887, “dando início à sua longa missão, irradiada por todo o Seridó, em que levou aos lares, pobres e ricos, a benção da sua assistência”.

31-01-1955
O caicoense José Augusto Bezerra de Medeiros faz na tribuna da Câmara dos Deputados, seu último discurso, despedindo-se da vida pública, após 40 anos no Parlamento.

31-01-1964
Lançamento da pedra fundamental da construção estádio do Caicó Esporte Clube.

31-01-1966
O caicoense Walfredo Dantas Gurgel (monsenhor) assume o governo do Estado do Rio Grande do Norte, para o qual havia sido eleito, no pleito de outubro do ano anterior. 

 Monsenhor Walfredo Gurgel, no exercício do governo do RN

31-01-1975

Nesta data, o tenente-coronel Nilton do Monte Furtado assumiu o comando do 1° Batalhão de Engenharia de Construção, sediado em Caicó. Permaneceu no exercício do referido cargo até 15 de fevereiro de 1977.

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