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domingo, 19 de fevereiro de 2012

O CENTRO HISTÓRICO DA CIDADE DE FLORES

José Ozildo dos Santos
Rosélia Maria de Sousa Santos
Almair de Albuquerque Fernandes

A
 Cidade de Flores, no sertão do Pajeú, Pernambuco, possui um valioso conjunto histórico composto por construções que remontam ao início do século XIX. Entre esses atrativos, destaca-se o antigo Edifício da Câmara, que também funcionou como cadeia Pública e hoje sedia a Prefeitura Municipal.  O prédio da antiga Casa da Câmara, onde também funcionavam as sessões do Tribunal do Júri, teve sua construção iniciada em 1872.
Foram necessários nove anos para sua conclusão. Inicialmente, no térreo, funcionava o comando do destacamento policial e a cadeia pública. No primeiro andar, a Justiça. Posteriormente, no andar superior, ali instalou-se a Câmara Municipal, ainda no final do século XIX.

Antiga Casa da Câmara e Cadeia Pública,
construída na segunda metade do século XIX

Toda a estrutura do imóvel foi preservada. Seu piso superior é totalmente construído em cedro. Duas amplas escadas em declive, ligam os dois pavimentos.
Quando o turista de aproxima do centro da cidade Flores já sente que ali se respira história. O passado parece está impregnado na paisagem que oferece ao observador mais atento, valiosas memórias do tempo em que o Sertão do Pajeú viveu o seu apogeu. A antiga Cadeia e Casa da Câmara é uma parada obrigatória numa visita à cidade de Flores.
Por mais de cento e vinte anos, o referido imóvel vem sendo palco das decisões políticas e históricas do município de Flores.

Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição,
 construída na segunda metade do século XIX

A atual Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição teve sua construção iniciada em 1800, no mesmo espaço anteriormente ocupado pela primitiva capela de Nossa Senhora do Rosário. Após várias obras de reparos e ornamentos, coordenadas pelo vigário Pedro Manoel da Silva Burgos e pelo frade capuchino frei Serafim de Catania, ainda no século XIX, a referida Matriz passou a ter o atual aspecto de apurado gosto artístico. Ao seu lado direito existe um grande largo, que é utilizado para festas e eventos religiosos. No local, também se destaca uma pequena gruta, construída em granito

Casarão de Juvênio Medeiros,
construído no final do século XIX

Casarão de D. Carmelita Santana, construído
em 1908, pelo padre Anísio Torres Bandeira

Antigo Casarão do Coronel Dodô,
construído no final do século XIX

Casario da Travessa Manoel Quidute,
construído no inicio do século XX

Além desses dois atrativos, que se destacam por seus significados históricos, vários outros atrativos podem ser encontrados no centro da cidade de Flores. Ao longo da Praça Dr. Manoel Santana Filho, em ambos os lados, existem uma série de casarões e estabelecimentos comerciais construídos, em sua grande maioria, na segunda metade do século XIX.
Nessa época, a Vila de Flores destacava-se no sertão do Pajeú por sua importância econômica.  Tais construções são heranças desses tempos memoráveis na história local.

Casarão da Rua Siqueira Campos,
construído na segunda metade do século XIX

Outro imóvel digno de registro é o Casarão da Siqueira Campos, que encontra-se a poucos metros da Praça Dr. Manoel Santana Filho, a principal da cidade. Construído no início da segunda metade do século XIX, nele, residiu o senhor Antônio Medeiros de Siqueira Campos, político prestigioso em Flores nas três primeiras décadas do século XX, tendo sido prefeito e deputado estadual.

Fonte: POTENCIALIDADES
TURÍSTICAS DO MUNICÍPIO DE FLORES (2009).

3 comentários:

  1. Parabéns pelo blog. Se você me permite, gostaria de fazer apenas uma correção. Amaro Cavalcanti nasceu em Jardim de Piranhas, na fazenda Logradouro do Barro, hoje denominada sítio Três Riachos. Ele não é, portanto, caicoense. Um abraço.

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  2. Meu caro conterrâneo Alcimar da Silva Araújo

    Inicialmente, obrigado pela visita e pelo comentário. A sua afirmativa não pode ser desprezada. Contudo, carece de alguns retoques. O ilustre potiguar Amaro Cavalcanti nasceu no dia 15 de agosto de 1849, na antiga Fazenda Logradouro, que hoje, pertence ao nosso município de Jardim Piranhas. Na primeira metade do século XIX, quando Amaro Cavalcanti nasceu, tanto a pequena povoação de Jardim de Piranhas, quanto a Fazenda Logradouro, pertenciam ao extenso território do antigo município da Vila do Príncipe, hoje Caicó. Somente em 1859, foi que a povoação de Jardim tornou-se distrito de Paz, e, 89 anos mais tarde, foi elevada à condição de município, em 23 de dezembro de 1948, após ser desmembrado de Caicó. Assim, levando em consideração que em 1849, Jardim de Piranhas não existia como município, Amaro Cavalcanti é citado como filho de Caicó, o que em nada diminui a minha cidade de Jardim de Piranhas (onde fui criado e onde encontram-se as minhas origens), que também e filha de Caicó. O mesmo também se dirá do padre João Maria, considerado o 'santo' de Natal, irmão do jurista Amaro Cavalcanti. E não há erro histórico nisto.
    Fica um abraço, com a certeza de que através do debate se promove a cultura e se produz o conhecimento.

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  3. muito bom conhecer a história dessa cidade. gostaria de saber se existiu uma fazenda construção em pedra na cidade de Souza, minha mãe dizia que nasceu nesta fazenda que era do seu padrinho,onde criavam gado. hoje ela estaria com 90 anos; dizia que na mesma fazenda eu nasci, hoje tenho 57 anos. Sou filha de Josefa Leite da Silva- sou Josireni Veríssimo da Silva. Meu sonho é conhecer a cidade onde nasci.

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