José Ozildo dos Santos
Sacerdote, educador e jornalista, nasceu a 4 de agosto de 1873,
na povoação de Barriguda, atual cidade de Alexandria, à época, parte integrante
do município de Martins, no Oeste potiguar. Foram seus pais o Dr. Tomás Gomes
da Silva e dona Ana Constância da Silva.
Na cidade de Martins, fez seus estudos primários e vocacionado
para o sacerdócio, ingressou no tradicional Seminário de Olinda, recebendo a
tonsura clerical, em 1893, concedia por Dom Raimundo da Silva Brito, futuro
primeiro Arcebispo de Olinda. Criada a Diocese da Paraíba, a convite de Dom
Adauto de Miranda Henriques, transferiu-se para a capital paraibana e no
Seminário local, reiniciou seus estudos, recebendo as ordens menores, a 28 de
outubro de 1894, seguidas do subdiaconato (1895) e do diaconato (1896).
Sua ordenação sacerdotal, ocorreu a 15 de novembro de 1896, em
cerimônia litúrgica realizada na Catedral de Nossa Senhora das Neves, recebendo
a sagrada ordem do presbiterato das mãos de Dom Adauto, de quem tornou-se um
dos principais auxiliares.
Dom José Tomás Gomes da Silva
Homem culto, cedo revelou-se educador dos mais talentosos. Ainda
em princípios de 1897, foi nomeado professor de Língua Portuguesa, do
tradicional Liceu Paraibano, integrando também o corpo docente do Seminário
Episcopal da Paraíba, ali lecionando Eloqüência, Filosofia e Direito Canônico
(1897-1907).
Designado secretário do Bispado (1897-1911), foi distinguido com
o título de Cônego do Cabido Paraibano (1905) e posteriormente, elevado à
dignidade de Monsenhor, pelo Papa Pio X (1907). Diretor Espiritual do Seminário
Episcopal Paraibano, na condição de Visitador Diocesano, percorreu diversas
freguesias do Rio Grande do Norte e da Paraíba.
No exercício das referidas funções, coletou donativos
pecuniários, que foram destinados à formação do patrimônio da futura Diocese de
Natal. Durante muito tempo, militou na imprensa e sob a sua direção, a 27 de
maio de 1897, surgiu em na capital paraibana o jornal católico ‘A Imprensa’.
Homem de letras, participou da fundação do Instituto Histórico e
Geográfico Paraibano (1905). A 7 de março de 1911, foi elevado ao episcopado,
após ser escolhido pelo Papa Pio X, para ocupar o recém-criado Bispado de
Sergipe. Sua sagração episcopal, ocorreu em solenidade realizada na Catedral de
Nossa Senhora das Neves, tendo com sagrante Dom Adauto de Miranda Henriques e
consagrantes, os bispos Joaquim Antônio de Almeida e Augusto Álvaro da Silva,
titulares das Dioceses de Natal e Barra do Rio Grande-BA, respectivamente.
Empossou-se na Diocese de Aracajú, a 4 de dezembro de 1911, num ato religioso
que contou com grande número de fiéis e autoridades civis e religiosas.
No
exercício de seu episcopado, fundou o Seminário Diocesano de Aracajú, criou
várias paróquias e ordenou diversos sacerdotes. Durante 37 anos, ocupou o sólio
sergipano, com dignidade e dedicação, falecendo no exercício de suas funções a
31 de outubro de 1948, aos 75 anos de idade. Seu corpo, foi sepultado na
Catedral de Aracajú.
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