CAICÓ - RN

DATAS E NOTAS PARA A HISTÓRIA

DO MUNICÍPIO DE CAICÓ

José Ozildo dos Santos

SETEMBRO

Centro da cidade de Caicó - RN

01-09-1803

Nasce, no território da antiga Vila do Príncipe, Luís Teixeira da Fonseca. Filho do casal Domingos Teixeira de Araújo e Maria Teixeira da Fonseca, fez seus estudos eclesiásticos no Seminário de Olinda-PE. A partir de 1831, aparece no Seridó distribuindo os sacramentos como auxiliar do Padre Francisco de Brito de Guerra, vigário colado da Matriz de Santana. Antigo capelão de Currais Novos, em 1858 já era falecido.

01-09-1858

Por força da Lei Provincial nº 406, assinada pelo Dr. Antônio Marcelino Nunes Gonçalves, era criada a Freguesia de Nossa Senhora do Ó, com sede na povoação de Serra Negra do Norte. Desmembrada da antiga Matriz de Santana do Seridó, a referida sede paroquial, que teve início com uma capela construída em 1735, por Manoel Pereira Monteiro, integra a Diocese de Caicó.

Dr. Antônio Marcelino Nunes Gonçalves 
 

01-09-1874

Dom Frei Vital Maria Gonçalves de Oliveira, 20º bispo de Olinda-PE, cria freguesia de São Sebastião de Jucurutu, desmembrando-a da Matriz de Santana de Caicó. Hoje, aquela sede paroquial, que teve início com uma capela construída em 1862, por Antônio Batista dos Santos, integra a Diocese de Caicó.

Dom Frei Vital Maria Gonçalves de Oliveira

01-09-1889

Chega à cidade de Caicó, procedente do Acari, o Dr. Petrolino da Santa Cruz Oliveira, encarregado de levantar empréstimos destinados à lavoura, junto ao Banco do Brasil. Segundo informações publicadas no jornal ‘O Povo’, aquele bacharel possuía escritório estabelecido à Rua do Imperador, nº 69, Centro, Recife-PE.

01-09-1917

O caicoense José Augusto Bezerra de Medeiros, à época deputado federal, casa-se no Rio de Janeiro, com dona Alice Godoy. Dessa união nasceram quatro filhos: Cândido José, Manoel Augusto, Marina e José Augusto de Godoy Bezerra.

 José Augusto Bezerra de Medeiros

01-09-1919

Nesta data, o cônego Celso Cicco, vigário da Matriz de Santana, pediu permissão do Bispo de Natal para construir uma capela no antigo Cemitério S. Vicente de Paulo, na sede do município de Caicó. No entanto, embora Dom Antônio dos Santos Cabral tenha concedido a referida licença, a pretendida capela somente foi construída pelo poder municipal em 1942, durante a administração do senhor Inácio de Medeiros Dias.

02-09-1832

Circulou na capital potiguar o primeiro número do ‘Natalense’, o primogênito da imprensa norte-riograndense, do qual, o padre Brito Guerra, vigário de Caicó, foi um dos idealizadores, juntamente com Basílio Quaresma Torreão, Urbano Égide e José Fernandes Carrilho. Segundo Cascudo, quando da fundação do ‘Natalense’, “o padre Guerra colocou entre seus amigos do Seridó quase a totalidade das ações e por seu intermédio veio o mestre compositor ensinar o trabalho tipográfico em Natal”.

02-09-1966

Falece caicoense José Gurgel de Araújo. Jornalista, político e figura de destaque na sociedade caicoense na primeira metade do século passado.

03-09-1864

Falece em Caicó, o cidadão Manoel Batista dos Santos Brito (o Colou). Próspero fazendeiro, proprietário das fazendas Pelo Sinal, Santa Cruz, Barbosa de Cima, Piató e Pedro do Sino, exerceu grande influência política e social em Caicó, no seu tempo. Juiz de Órfãos da antiga Vila do Príncipe, foi casado com a senhora Maria José de Santana.

03-09-1958

É inaugurada a unidade do Serviço Especial de Saúde Pública, na cidade de Caicó.

04-09-1858

A Lei Provincial nº 410, desta data, revigorou o decreto de 7 de agosto de 1832, que criara uma cadeira de latim na Vila do Príncipe.

04-09-1951

Dom José de Medeiros Delgado, bispo de Caicó, é promovido a Arcebispo Metropolitano de São Luís do Maranhão, em cujas funções empossou-se no dia 3 de fevereiro do ano seguinte.

04-09-1959

Nasce em Caicó, Álvaro Costa Dias. Filho do ex-deputado Adjuto Dias e de dona Cleonice Costa Dias, diplomou-se em medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Eleito vice-prefeito de sua terra natal, no pleito de 1988, seguidamente assumiu a Secretaria Municipal de Saúde, onde realizou um trabalho que mereceu destaque. Em 1990, pelo PMDB, elegeu-se deputado estadual. Presidente da Assembléia Legislativa, após representar o Rio Grande do Norte na Câmara dos Deputados, retornou ao legislativo estadual, onde ainda hoje exerce um mandato como deputado estadual.

Álvaro Costa Dias

05-09-1848

Nasce na Fazenda Timbaúba (núcleo inicial da atual cidade de Timbaúba dos Batistas), antigo município da Vila do Príncipe, Clemente de Araújo Pereira - o famoso Clemente Panela. Homem influente e trabalhador, o patriarca Clemente de Araújo Pereira casou-se com Ana Francelina de Brito, de cuja união nasceram 11 filhos. Proprietário do Sítio Riacho da Volta (ou Clementes) e fundador da família Panela no sertão do Seridó, faleceu aos 81 anos de idade, no dia 5 de dezembro de 1929, em sua propriedade, tendo sido sepultado no cemitério São Vicente de Paula, em Caicó.

05-09-1863

Em relatório apresentado ao governo do Rio Grande do Norte, o Dr. Ernesto Augusto Amorim do Valle, engenheiro da Província, informava que havia confeccionado a planta para o cemitério da Vila do Príncipe, cuja construção ficou a cargo de uma comissão organização no referido município.

05-09-1985

Falece em Curuçá, interior do Estado de São Paulo, o padre Aderbal Leitão Vilar. Em Caicó, sua terra natal foi coadjutor e vigário da Paróquia de Nossa Senhora Santana. Professor do antigo Ginásio Diocesano, em 1953 transferiu-se para o Rio de Janeiro, fixando-se posteriormente na Diocese de Jundiaí-SP. Era titular da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, em Curuçá, quando faleceu. Seu corpo, transladado para Caicó, foi sepultado no interior da Matriz de Santana, onde celebrou sua primeira missa.

06-09-1687

Uma provisão desta data, assinada Governador Geral do Estado do Brasil, Matias da Cunha, determinou o envio de tropas para combater os gentios revoltosos no interior do Rio Grande do Norte. Assim, em cumprimento a tal provisão, o coronel Antônio de Albuquerque da Câmara deslocou-se com suas tropas para o sertão do Acauã, onde chegou em novembro daquele mesmo ano, alojando-se na chamada Casa-forte do Cuó (ou Queiquó), que já existia em 1683. A referida “Casa-forte foi construída na situação atualmente denominada de Sítio Penedo, vizinha à atual cidade do Caicó”.

07-09-1736

É desta data, o primeiro documento oficial que traz o topônímio ‘Caicó’. Trata-se uma data de terra e sesmaria concedida ao capitão Inácio Gomes da Câmara, “no sítio chamado Caicó no riacho do Seridó”.

07-09-1848

Em sua ‘Fala’ desta data, o presidente da Província Antônio Joaquim da Cunha, “assombrado, informa que o dízimo do gado da Freguesia do Seridó rendera, administrativamente, novecentos réis em 1845-1846. Arrematado para 1846-1847 produzira 1.600$! Verdade é que havia a seca de 1845, assoladora dos rebanhos, mas não há proporção entre 900 réis e 1.600$ dentro de dois exercícios imediatos”.

07-09-1955

Foi fundado nesta data o Centro de Escoteiros de Caicó, tendo como chefe o senhor Benedito Alves dos Santos.

08-09-2006

Ocorreu a posse de dom Fr. Manoel Delson Pedreira da Cruz, 6º bispo do Seridó.

Fr. Manoel Delson Pedreira da Cruz

09-09-1683

Nesta data, um certo  holandês, “a mando de Sua Majestade”, compareceu ao vale da Casa Forte do Seridó, que ficava nas proximidades da atual cidade do Caicó. Antes, porém, outros holandeses, aliados dos portugueses, haviam chegados àquela casa-forte “pelas bandas do carrasco seguindo pelo rio do Açu”. No caminho, mataram 21 nativos da nação potiguar, “que os estavam espreitando na serrota do Giz, hoje Serra do Forte, em Carnaúba dos Dantas”. Data, pois, deste ano, o início da chamada ‘Guerra dos Bárbaros’ ou ‘Levante do gentio tapuia’.

09-09-1835

A Comissão Parlamentar nomeada para dirimir as dúvidas surgidas após a promulgação da Lei de 25 de outubro de 1831, que demarcou os limites da antiga Vila Nova do Príncipe, emitiu o seguinte parecer, assinado pelos deputado J. A. Bhering e Albuquerque Cavalcanti: “A Comissão de Estatística examinou a representação que a esta Augusta Câmara dirigiu a Assembléia Provincial da Paraíba do Norte, em que mostra a conveniência de se revogar a resolução de 25 de outu­bro de 1831, que fixou os limites entre esta e a Província do Rio Grande do Norte; outro sim, examinou a mesma Comissão outra representação da Assembléia Provincial do Rio Grande do Norte, em que expõe a neces­sidade de ser inalterada a sobredita resolução pelas vantagens que dela resultam aos povos limítrofes das duas Províncias. A Comissão tomando na devida consideração todos os documentos comprobatórios de duas pretensões diametralmente opostas achou em último resultado de suas observações, que a resolução de 25 de outubro de 1831, bem longe de ser oposta aos interesses e comodidades dos Povos, sobre que representam as duas Assembléias Provinciais, é pelo contrário apoiada não só em um longo “Nós abaixo-assinados” dos mesmos povos, os quais asseveram à Assembléia Provincial da Paraíba haverem sofrido nos seus cômodos e interesses comerciais, com a adoção de semelhante medida, mas também, no voto unânime das deputações da Paraíba e do Rio Grande na Legislatura transata, em que foi considerada a mencionada resolução como remédio o mais eficaz, para exterminar de uma vez os males que sofriam aqueles povos. A Comissão entende que, à vista das razões expendidas, não é necessária a revogação da resolução em questão, e que neste sentido se responda as sobre ditas resoluções Provinciais”.

09-09-1885

Por ato assinado pelo presidente da Província, o professor Joaquim Apolinar Pereira de Brito foi autorizado a permutar a cadeira que ocupava na Cidade do Príncipe, como o professor Misael Leão de Barros. No entanto, a referida permuta foi tornada sem efeito por força do Regulamento de 2 de outubro daquele ano, que deu nova organização à instrução pública.

09-03-1889

Em sua edição desta data, o jornal ‘O Povo’ informava que foi nomeado promotor público da Comarca de Caicó e já encontrava-se no exercícios de suas funções, o Dr. Ananias Paranhos de Araújo, “filho do coronel Joaquim de Araújo Pereira, irmão do Dr. Aladin, ex-juiz municipal deste termo e do de Serra Negra. É repugnante um tio juiz com um sobreinho promotor. Mas, se o ministro da Justiça não ver nisso incompatibilidade, como não viu o presidente da província, estamos satisfeito, porque o Dr. Paranhos tem um passado que o recomenda”.

09-09-1890

Era demitido do cargo de Juiz Municipal, de Caicó, o Dr. José de Sá Cavalcanti de Albuquerque. O fato foi noticiado pelo jornal ‘O Povo’, em sua edição de 21-09-1890, nos seguintes termos: “Por ato de 9 do corrente foi demitido, pelo cidadão governador do estado, o juiz municipal e de órfãos deste termo, Dr. José de Sá Cavalcanti de Albuquerque. O Dr. José de Sá foi substituído pelo Dr. José Ferreira Muniz para aqui removido do Acari. Desde que vimos o Dr. José de Sá devolver autos ao Juízo de Direito, negando-se a cumprir suas sentenças; aceitar embargos no curso de um inventário que suspendeu para tomar conhecimento desses embargos; demitir o escrivão perito do foro de Serra Negra para nomear pessoa de outro estado que neste não residia; encampar os atos do juiz municipal suplente e tomar deles a responsabilidade negando-se a aceitar uma queixa por pessoa miserável, e condenar o promotor nas custas; demitir, à imposição do dinheiroso Cap. Antônio Pereira Monteiro, o escrivão de Serra Negra para nomear um homem quase analfabeto; indeferir sem causa, e sem justificativa alguma a petição de um tutor que os procurava como juiz de órfãos para mandar entregar-lhe uma tutela­da raptada; tomar o criado de uma família para dar de tutela a um terceiro etc., que prevíamos um mau desfecho de sua judicatura nesta comarca. A sua demissão deve servir de exemplo”.

11-09-1933

Caicó recebe a visita do Presidente Getúlio Vargas.

Presidente Getúlio Vargas

12-09-1922

É inaugurada a Coletoria Federal, na cidade de Caicó.

12-09-1959

É inaugurada a ASSEC.

13-09-1916

É criada a Mesa de Rendas de Caicó

13-09-1958

Dom José Adelino Dantas, titular da Diocese de Caicó, é transferido para Garanhuns-PE, para substituir Dom Francisco Expedito Lopes, que ali fora assassinado.

14-09-1833

É criada uma escola primária masculina, na Vila do Príncipe.

14-09-1896

Nasce em Caicó, Antídio de Brito Guerra. Filho do Dr. Felipe Néri de Brito Guerra (à época, juiz de direito da comarca) e de dona Maria Jesumira Gurgel do Amaral, diplomou-se pela Escola Superior de Agronomia e Veterinária de Pinheiro-RJ (1917). No Rio Grande do Norte foi chefe do Serviço de Algodão, auxiliar e diretor do Campo de Demonstração de Macaíba, diretor do Departamento de Agricultura e Obras Públicas; Diretor da Empresa da Luz, Força e Água, tendo ainda ocupados outros cargos públicos no Rio de Janeiro e em Recife.

14-09-1919

Ocorreu na cidade de Caicó a inauguração da Biblioteca Olegário Vale, fato que transformou-se num acontecimento memorável na vida cultural da cidade. Nessa mesma data, segmentos sociais ligados à educação escolar, às letras, às artes, às armas, à agricultura e ao comércio fundaram a Associação Educadora Caicoense, sob a iniciativa do jornalista José Gurgel de Araújo (1892-1966), destinada a ser a instituição educativa mantenedora da Biblioteca Olegário Vale, em funcionamento desde 1918, num dos salões da Intendência Municipal que também sediava o Grupo Escolar ‘Senador Guerra’.

Biblioteca Olegário Vale

14-09-1833

Por Resolução do governo provincial desta data, foi criada uma cadeira masculina na Vila do Príncipe.

14-09-1952

Ocorre em Natal a sagração episcopal de Dom Adelino Dantas, segundo bispo da Diocese de Caicó.

15-09-1890

Nas eleições realizadas nesta data, o coronel José Bernardo de Medeiros e o Dr. Amaro Cavalcanti, ambos caicoenses, foram eleitos senadores pelo Estado do Rio Grande do Norte à Assembléia Nacional Constituinte, obtendo, respectivamente, 7.752 e 7.445 votos. 

15-09-1959

Em solenidade presidida pelo bispo diocesano dom Manoel Tavares de Araújo, foi lança a pedra fundamental da Capela de Santa Cruz, no bairro Barra Nova.

16-09-1840

Em sessão realizada nesta data, a Assembléia Legislativa do Rio Grande do Norte, aprovou uma moção, delegando poderes ao padre Francisco de Brito Guerra – já senador do Império – para felicitar sua Alteza Real, Dom Pedro II, por motivo de sua elevação ao trono, em nome do Governo Provincial. Eis na íntegra, o expediente enviado ao senado caicoense:

“Ilmº. Snr. - Tendo a Assembléia Legislativa Provincial resolvido em sessão de 16 do corrente, enviar o Senador por esta Província, Francisco de Brito Guerra à Corte do Império para felicitar a sua Majestade Imperial, o Sr. Dom Pedro Segundo pela sua elevação ao trono brasileiro; me ordena de fazer disso ciente a sua Excia. o Snr. Presidente da Província. Queira, portanto, V. Excia. fazer chegar isso mesmo ao conhecimento do mesmo Exmo. Snr. - Deus guarde a V. Excia. Paço da Assembléia Legislativa Provincial do Rio Grande do Norte, 18 de Setembro de 1840. - Snr. Manoel Joaquim Pereira do Lago, Secretário Interino do Governo. - Basílio Quaresma Torreão Júnior, Primeiro Secretário”.

17-09-1840

Nesta data, a Assembléia Provincial do Rio Grande do Norte, fez o seguinte comunicado ao padre Francisco de Brito Guerra, senador do Império:

“Ao Senador Francisco de Brito Guerra, comunicando que por essa Assembléia fora nomeado para hir em comissão à Corte do Império para felicitar em nome da mesma Assembléia e sua Majestade Imperial o Senhor Dom Pedro Segundo pela sua elevação ao trono do Brasil e assistir ao Acto da Coroação do mesmo Augusto Senhor:

Exmo. Snr. Senador - A Assembléia Legislativa resolvendo em sessão de hontem, como verá V. Excia., do parecer junto, enviar à V. Excia. em comissão à Corte do Império, e da Província, sua Majestade Imperial o Srn. Dom Pedro Segundo, pela sua elevação ao trono do Brasil, no dia vinte trez de julho findo cuja epocha será sempre grata aos brasileiros e bem assim para assistir ao Acto da coroação do mes­mo Augusto Senhor; e me ordena officiar a V. Excia. neste sentido. Eu pois, gostoso cumpro este dever, rogando à V. Excia, em nome da mesma Assembléia (que guarde a resposta deste aviso para sua inteligência) se digne aceitar tão honrosa missão. Deus guarde a Excia. Paço d’Assembléia Legislativa na Provincia do Rio G. do Norte, 17 de setembro de 1840. - Ilmo. e Exmo. Snr. Francisco de Brito Guerra, Senador do Império por esta Província. Basílio Quaresma Torreão Junior, 1° Se­cretário”.

17-09-1890

Era constituída a sociedade destinada à publicação d‘O Povo’, o primeiro jornal caicoense. Eis o contrato para tal fim, na íntegra: Escritura de contrato que fazem. José Bernardo e o Capitão Olegário Gonçalves de Medeiros Vale, como abaixo se declara. Saibam quantos este público instrumento de escritura de contrato virem que sendo no ano do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil oito­centos e noventa, aos dezessete dias do mês de setembro do dito ano, nesta Cidade de Caicó, Comarca do Seridó, Estado do Rio Grande do Norte, em meu cartório, compareceram partes presentes contratantes e aceitantes, a saber: de uma José Renaud e da outra o capitão Olegário Gonçalves de Medeiros Vale, moradores nesta cidade, conhecidos de mim Tabelião e das testemunhas adiante, assinadas, do que dou fé. E logo pelo dito Renaud me foi dito e na presença das mesmas testemunhas, que sendo ele possuidor da Tipografia Renaud que desde nove de maio do ano passado está estabelecida nesta Cidade à praça do Mercado, havia-se justo e contratado com o Capitão Olegário Gonçalves de Medeiros Vale, Redator do jornal O Povo, desde o primeiro de junho deste corrente ano para a publicação do dito jornal por tempo de um ano, a contar daquela data, sob as cláusulas ou condições seguintes: 1º) que ele dito José Renaud fica obrigado a dar o jornal impresso, correndo por sua conta todos os trabalhos concernentes à impressão, endereço, selos e outras despesas que ocorrerem até as respectivas agências do correio; 2º) não poderá o senhor Renaud publicar qualquer artigo no jornal sem que o tenha visto do dito Olegário Vale, ou de quem suas vezes fizer em sua ausência; 3º igualmente não poderá dispor de assinatura do jornal sem que lhe seja descontado; 4º) o Sr. Renaud fica obrigado a dar uma edição de quinhentos exemplares uma vez por semana, durante um ano, a contar atrás declarado; 5º) no caso de ser preciso aumentar a tiragem o Sr. Olegário obrigar-se-á a pagar o excedente ao dito Sr. Renaud sob as mesmas bases do presente contrato; 6º) a redação, direção e responsabilidade do jornal O Povo compete ao Sr. Olegário Vale, que constitui a imprensa; 7º) o Sr. Olegário Vale fica obrigado desde aquela data, primeiro de junho, a pagar ao Sr. José Renaud pela publicação do referido jornal a quantia de novecentos mil réis em quatro prestações trimestrais, a primeira e a segunda de duzentos e cinqüenta mil réis cada uma e a 3ª e 4ª (terceira e quarta) de duzentos mil réis cada uma, dentro dos três últimos trimestres; 8º) quando por qualquer motivo tiver a redação de ser substituída por outro provisoriamente, o Sr. Renaud exigirá uma declaração assinada pelo Sr. Olegário Vale indicando qual o substituto. As cláusulas ou condições acima estipuladas, já se acham em prática desde a referida data, l0 de julho, ficando por isso o presente contrato com vigor legal desde aquela data. E logo pelos ditos contratantes foi dito que aceitaram o presente contrato estipulado na presente escritura e se obrigaram ao seu inteiro cumprimento. Em fé e testemunho da verdade assim o disseram, contrataram, estipularam, aceitaram e pediram fosse feito este Instrumento nesta nota em que depois de lhes ser lido assinaram com as testemunhas presentes Manoel Vicente Dias de Araújo e Ismael Batista Xavier. Eu Inácio Gonçalves Vale, Tabelião Público, a escrevi e assinei. Em fé e testemunho da verdade. O Tabelião Público Inácio Gonçalves Vale, José Renaud, Olegário Gon­çalves Vale digo de Medeiros Vale, Ismael Batista Xavier, Manoel Vicente Dias de Araújo. E mais se não continha em dita escritura que aqui fielmente fiz copiar do próprio livro de Notas ao qual me reporto.

A fé e testm. da Verd. O Tab. Púb. Ignácio Gonçalves Vale".

17-09-1890

Neste dia, entrou em exercício nas funções de juiz municipal e de órfãos dos termos reunidos da comarca do Caicó, o Dr. José Ferreira Muniz, nomeado que fora por ato do dia 9 daquele mês. Noticiando o fato, o jornal ‘O Povo’, assim expressou-se: “O Dr. Muniz já serviu de promotor nesta comarca e nesse cargo deu provas de sua imparcialidade e do amor que tem à causa da justiça. O curto espaço de tempo que serviu como juiz municipal e de órfãos no Acari é um atestado de seu proceder correto como funcionário público. Cumprimentamo-lo, cumprimentando também por esta ocasião o Seridó por estar hoje tão bem servido de juiz municipal”.

18-09-1789

Nesta data deu-se sepultura ao Sargento-mor Manoel Fernandes Jorge, o fundador de Caicó. Português de nascimento e rico proprietário rural no Seridó, Manoel Fernandes Jorge morreu solteiro, aos noventa e oito anos de idade. Senhor e proprietário de terras na ribeira do Quipauá, ali adquiriu por compra o sítio Seridozinho, a pedido do padre Pedro Bezerra de Brito. Registra Dom Adelino Dantas, que “quando da instalação da Freguesia Mater, em 1748, à frente dos cidadãos de melhor nota que desfilam na primeira procissão de Sant’Ana, que conduzem o cruzeiro dominador e escolhem o lugar da futura matriz, perfila-se garboso o sargento luso, como um dos padrinhos da cidade menina”. Em seus últimos momentos, o sargento-mor Manoel Fernandes Jorge foi assistindo pelo padre Manoel de Araújo Correia, coadjutor da Matriz de Santana, do Caicó. Eis o seu termo de óbito: “Aos dezoito dias do mês de Setembro de mil sete centos, e oitenta, e nove annos nesta Matriz do Seridó, se deo Sepultura Eccleziasttica ao adulto Manoel Fernandes Jorge, com a idade de noventa, e oito annos, pouco mais, ou menos Solteiro natural de Portugal, e morador nesta dita Freguezia do Siridó: foi involto em habito de Sam Fran­cisco, e emcomendado pello Revedendo Coadjutor Manoel de Arahujo Correa, e faleceo com todos os Sacramentos da Santa Madre Igreja, e foi sepultado do arco da capeIla mor para sima por Provizão, que tinha de Sua Excelencia Reverendissimma, como fundador, e bemfeitor da dita Matriz; do que se fez este acento, que o assignei, Jozé Antonio Caetano de Mesquita, Cura”.

18-09-1905

O caicoense Amaro Cavalcanti, por decreto desta data, foi nomeado para ocupara o cargo de Consultor Jurídico do Ministério das Relações Exteriores, tendo sido exonerado, a pedido, em decreto de 27 de junho de 1906.

Amaro Cavalcanti

19-09-1892

Era publicado o último número d‘O Povo’, o primeiro jornal caicoense.

19-09-1956

Nesta data, o tenente-coronel Ergílio Cláudio da Silva assumiu o comando do 1° Batalhão de Engenharia de Construção, sediado em Caicó. Permaneceu no exercício do referido cargo até 1º de marco de 1958.

20-09-1695

Era concluída a primitiva capela de Nossa Senhora Santana, do Seridó, construída ao lado da Casa-Forte do Cuó, por iniciativa do frei Antônio João do Amor Divino, paroquiano das tropas das Guarnições da Capela de Olinda. Com a construção da atual Catedral de Sant’Ana, a primitiva capela perdeu parte de sua importância e passou a ser dedicada a Nossa Senhora do Rosário. Seu desaparecimento ocorreu entre 1789 e 1800.

20-07-1833

Provisão de Visitador passada a favor do Revmo. Vigário de Seridó Francisco de Brito Guerra. Dom João da Purificação Marques Perdigão, Cônego Regente de Santo Agostinho, pela graça de Deus, e da Santa Sé, Bispo Pernambucense, do Conselho de Sua Magestade Impe­rial, e Constitucional o Senhor Dom Pedro Segundo. Submeto a todos os que esta Provisão virem, saúde e paz em Jesus Christo. Querendo nós cumprir pontualmente os deveres inerentes ao Ministério Apostólico, entre os quais nos merece particular consideração a visita da Diocese, atentos os fins parti que o Direito Canônico a prescreve, e sendo próprio a Nossa Paternal solicitude ocorrer aos abusos diantes da falta de saudável exercício, qual pessoalmen­te, não podemos por em prática nos lugares mais remotos da nossa Diocese, razão porque havemos por bem nomear, como nomeamos, para Nosso Visitador nas Províncias do Rio Grande do Norte, e da Paraíba, ao Reverendissimo Francisco de Brito Guerra, Vigário da Freguesia do Seridó, para que possa exercer as funções de tão importante Emprego em igrejas compreendidas nas mencionadas Províncias, reservando para Nós a Capital da Província da Paraíba; e Confiando nas luzes, e virtudes que o caracterizão, proceda com zelo,  caridade, e prudência, que nelle divisamos, e que muito lhe recomendamos na certeza que desempenhará fielmente os deveres de seu Ministério, segundo as faculdades comuns, e anexas a tão digno Cargo, regulando todo o seu procedimento pela. Constituição do Bispado, e exercendo além das já mencionadas faculdades, aquelas extraordinárias que lhe outorgamos, comunicando-lhe além da jurisdição ordinária a que Nos he delegada pelo Brerve de vinte e cinco anos; videlicit - Conferir o Sacramento da Confirmação sob as disposições prescritas na já referida Constituição, títulos vinte e hum, e vinte e dois, conforme o Direito - Dispensar os impedimentos matrimoniais do segundo, terceiro e quarto grau com attingencia ao primeiro, e o de cognação espiritual da segunda espécie, quando justas causas, pelos graus, segundo o Direito Canônico, a dispensa possa, ou deva ter lugar - Conceder Provizoens aos Confessosores, e Pregadores, examinando-os ou fazendo examinar como e quanto convier para bem de se empenharem o seu Ministério - Provizionar Oratorios privados, novas Capelas e as já erectas; porem já distituídas de aprovação do Oratório, havendo a decência urgente ao culto Religioso - Prover de pastores as Igrejas que as não tiverem, para que sejam administradas por parochos idôneos - Admitir a inquirição dos ordinandos de gênere, vita et moribus, e todos os mais requesitos concementes à ordenação reservada somente ao nosso Reverendíssimo Provisor a sentença final. E para que o nosso Reverendissimo Visitador possa exercer livremente, e com toda a consideração que legitimamente lhe compete o Ministério que Confiamos, até que Deliberemos o contrário. Mandamos, em virtude de Santa Obediência, a todos os nossos subditos espirituais, o reconheção como seu visitador, obedecendo-lhe como a Nós em todas as deliberações provinientes de Authoridade em que o Constituímos, para cujo bom desempenho poderá nomear hum secretário e alguns oficiais indispensáveis ao Serviço da Vista Geral Nos determinada para glória de Deus, augumento de culto, e salvação das Almas. O nosso Reverendissimo Visitador ora designado prometerá o prévio juramento do estilo em Nossas Mãos, e fará registrar esta na primeira parochia que visitar. Dada no Rio de Janeiro sob o nosso signal, e seu das nossas Armas aos vinte de julho de mil oitocentos trinta e três. Eu padre Justiniano da Silva, designado secretário a subscrevo. João, Bispo de Pernambuco - Estava o Sello das Armas de Sua Excelência Reverendíssima - Silva - Gratis - Provisão de Visitador a favor do Reverendíssimo Padre Francisco de Brito Guerra para as províncias da Parahiba, exceptuando a capital desta, e athe que Vossa Excellencia Reverendíssima Delibere o contrário na forma acima declarada - Para Vossa Reverendíssima ler e assinar - Registrada no livro quarenta e hum e folhas dez - Manguinho. Está conforme. Antônio Xavier Garcia de Almeida - Vig. Interino”.

20-09-1952

Ocorre a posse de Dom José Adelino Dantas, como segundo bispo da Diocese de Caicó.

21-09-1929

Caicó recebe a visita de Dom Marcolino Esmeraldo de Souza Dantas, 4º bispo do Rio Grande do Norte. Na oportunidade, o futuro arcebispo potiguar anunciou ao povo caicoense o plano de criação de sua diocese, que tinha sido elaborado por dom José Pereira Alves e publicado em 11 de junho de 1925, no Diário de Natal, órgão vinculado à diocese.

21-09-1959

Aparece o primeiro número d‘O Seridó’ (segundo do nome), mensário noticioso e informativo. Seu corpo redacional era formado por Abílio Félix (diretor-gerente), Francisco de Assis Medeiros (diretor-redator) e Luzardo Fernandes Monteiro (diretor-secretário). E, entre seus redatores, figuravam Aluízio Rodrigues, Verildo Monteiro e José Diniz.  

22-09-1884

Nasce em Caicó, José Augusto Bezerra de Medeiros.

22-09-1925

É inaugurado o prédio do Grupo Escolar Senador Guerra, pelo governador do Estado, o caicoense José Augusto. O referido estabelecimento de ensino foi construído sob a responsabilidade do construtor L. Sigaud e custeado pelo município, que recebeu prestimoso auxílio do governo estadual. Na época, administrava era prefeito da cidade o Cel. Joel Damasceno (1924-1926).

Grupo Escolar Senador Guerra

22-09-1929

É inaugurada a ‘Praça José Augusto’, construída no largo, em frente ao Grupo Escolar Senador Guerra, em solenidade que teve como orador oficial, o governador Juvenal Lamartine de Faria. Falaram também os oradores Pedro Matos, Djalma Marinho, Renato Dantas e Otacílio Alecrim. Na oportunidade, foi fixada uma placa comemorativa na fachada do referido Grupo Escolar. Na referida praça, construída na administração do prefeito Eduardo Gurgel de Araújo (1928-1930), foi erigido um busto do homenageado. Mas, por questões políticas, o referido monumento foi dinamitado na madrugada do dia 23 de janeiro de 1935, pelo tenente Oscar Rangel, cumprindo determinação expressa do Interventor Mário Câmara. Registra o padre Eymar L’ E. Monteiro, que “os pedaços do bronze voaram pelos ares, espalhando-se por toda a Praça. Muitos caicoenses ainda guardam estas relíquias como lembranças de uma época de sangue e de traição. As famílias da Praça acordaram sobressaltadas com o estrondo sem saberem o que acontecera. E o que é melhor, no outro dia, Oscar Rangel botou a culpa para os amigos de José Augusto que tinha feito aquilo para depois dizerem ter sido crime praticado pelos agentes de Mário Câmara. E ainda houve prisões em Caicó para se descobrir o autor de tão hedionda malvadez...”.

Praça José Augusto

22-09-1957

É inaugurada a estátua de José Augusto, na praça que leva o seu nome. As referidas solenidades - que contou com a participação de várias lideranças políticas e grande massa popular - foram presididas pelo prefeito José Benévolo Xavier (1954-1958). Com tal ato, a cidade de Caicó redimia-se da injustiça cometida contra um de seus mais ilustres filhos: o Dr. José Augusto Bezerra de Medeiros, que em vida foi ‘político e educador militante’.

24-09-1865

José Bernardo de Medeiros dispunha-se a lutar na Guerra do Paraguai, atendo aos apelos do Dr. Olinto José Meira, Presidente da Província do Rio Grande do Norte. José Bernardo partiu para o Rio de Janeiro em companhia de parentes, conterrâneos e amigos, onde chegou a 29-12-1865. Mas, tendo o Governo Imperial dispensado o Batalhão de Voluntários do Seridó, o bravo caicoense retornou ao Rio Grande do Norte, a bordo do paquete ‘Tocantins’, desembarcando em Natal no dia 23 de janeiro seguinte.

24-09-1947

É fundada a Maternidade de Caicó.

24-09-2002

Nesta data, pela Portaria nº 514, o Comandante do Exército Brasileiro, concede o estandarte histórico ao 1º Batalhão de Engenharia de Construção (Batalhão Seridó), sediado na cidade de Caicó. A referida portaria tem o seguinte teor:

“O COMANDANTE DO EXÉRCITO, no uso da competência que lhe é conferida pelo art. 30, inciso VI, da Estrutura Regimental do Ministério da Defesa, aprovada pelo Decreto nº 3.466, de 17 de maio de 2000, tendo em vista o que prescreve o art. 11 das Instruções Gerais para a Concessão de Denominações Históricas, Estandartes Históricos e Distintivos Históricos às Organizações Militares do Exército (IG 11-01), aprovadas pela Portaria do Comandante do Exército nº 580, de 25 de outubro de 1999, e de acordo com o que propõe a Secretaria-Geral do Exército, ouvido o Centro de Documentação do Exército, resolve:

Art. 1º Conceder ao 1º Batalhão de Engenharia de Construção, ‘Batalhão Seridó’, com sede na cidade de Caicó - RN, o estandarte histórico, constante do modelo anexo, com a seguinte descrição heráldica: Forma retangular, tipo bandeira universal, franjado de ouro. Campo de azul-turquesa, cor representativa da Arma de Engenharia. Em abismo, um escudo peninsular português, filetado de ouro; chefe de amarelo, ostentando, em suas cores, ‘o castelo lendário da Arma Azul-Turquesa’. Sotoposto ao chefe, um campo esquartelado, sendo o primeiro quartel, de verde, exibindo uma cabeça de onça-pintada, de ouro, com pintas pretas e língua vermelha, caracterizando a imensa selva amazônica e o indômito sentimento de brasilidade em sempre guardá-la e defendê-la, região onde esteve aquartelado, por oito anos, o 1º B E CNST; segundo quartel, de branco, carregado de seis ondas, alternadas de azul-ultramar e prata, encimadas por uma torre de poço de cata-vento, de negro, representando as obras hídricas realizadas pelo Batalhão no semi-árido nordestino; terceiro quartel, de branco, contendo uma porção de solo, estilizada, de marrom, encimada por um cacto mandacaru, de verde, simbolizando a rusticidade do sertanejo da região do Seridó, onde a Unidade se encontra sediada; quarto quartel, de vermelho, apresentando, em brocante, uma estrada estilizada, de negro, tracejada em ouro, na caracterização das obras viárias executadas pelo Batalhão. Encimando o escudo, a denominação histórica ‘BATALHÃO SERIDÓ’, em arco e de ouro. Laço militar nas cores nacionais, tendo inscrita, em caracteres de ouro, a designação militar da OM.

Art. 2º Estabelecer que esta Portaria entre em vigor na data de sua publicação”.

1º Batalhão de Engenharia de Construção

1º Batalhão de Engenharia de Construção

25-09-1780

Nesta data, o senhor Antônio Francisco de Miranda foi nomeado para ocupar o posto de Tenente General das ordenanças da Freguesia do Caicó. Eis o documento de nomeação na íntegra:

“Registro de uma Patte. de Tene. Gal. da Ribeira do Seridó passada pelo Illmº e Exmº Sr. Gal. a Antonio Franco. de  Miranda.

José Cezar de Menezes do Concº. de Sua Magde. Fidma. Gor. e Capam. Gal. do Pernco., Parahyba e mais Capitanias annexas & Faço saber aos que esta Carta Patente virem que tendo em consideração a Antonio Franco. de Miranda ser pessoa nobre, abastada de bens e ter os merecimentos precisos e necessarias para exercer o posto de Tente. General das Ordenanças da Freguezia do Cayco e Forte Termo da Cidade do Natal do Rio Grande do Norte e esperar delle que nas obrigaçõens do dito posto se haverá muito como deve a boa confiança que de sua pessoa faço: Hei por bem na conformidade do Cap. 20 do Regimto. deste Governo nomear, como por esta nomeyo ao dito Antonio Francis­co de Miranda no Posto de Tente. General das Ordenanças da Freguezia do Cayco e Forte, Termo da Cidade do Natal do Rio Grande do Norte; com o qual não haverá soldo algum, mas gozará de todas as honras, graças, franquezas, liberdades, previlegios e exençõens que em razão della lhe pertencerem. Pelo que ordeno aos Capes. mores intirinos do Rio Grande do Norte por talo reconheçam, honrem e estimem e lhe confiram a posse e juramento do estillo de que farão assento nas cartas disto; e as pessoas suas subordinadas lhe obedeçam e cumpram as suas ordens relativas ao Real Serviço assim como devem e são obrigados. Em firmeza do que lhe mandei passar a presente por mim assignada e sellada com o signete das minhas armas que se registrará na Secretaria deste Governo, na daquella Capitania e mais partes a que tocar. Dada e passada no Recife de Pernambuco aos vinte sete dias do mez de Setembro do anno do nasci. mento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil setecentos e oitenta annos // Manoel de Carvalho Paes de Andrade a fez escrever // Jozé Cezar de Menezes // Tinha o sello // Carta Patente pela qual V. Exª ha por bem nomear a Antonio Francisco de Miranda no Posto de Tenente General das Ordenanças da Freguezia do Cayco e Forte Termo da Cidade do Natal do Rio Grande do Norte pelos respeitos nella declarados // Pa. V. Exª ver // Por despacho de S. Exª de 25 de Setembro de 1780 // Manoel Barboza da Sa. Garcia offal. mayor da Secra. Do Governo a fez. Rega. a fls. 33 do Lº 25 de Registros de Pau tentes do Govº que serve nesta Secretaria de Pernambº Recife, 27 de 7bro. de 1780 // Mel. de Carvº Paes de Andrade // Cumpra-se e Registre-se como manda o Illmº e Exmº Sr. General, Cide. do Natal, 27 de 7bro. // de 1781 // Freyre // Vasconcellos”.

26-09-1809

Recebe a Freguesia de Nossa Senhora Santana do Caicó - à época sob a regência do Padre Guerra - a visita do padre Inácio Pinto de Almeida e Castro, presbítero secular, vigário confirmado na Paroquial Igreja de Santo Amaro de Jaboatão, Visitador Geral e Delegado dos Crismas dos Sertões Baixos do Norte. Na oportunidade, o referido visitado geral registro o seguinte termo no Livro de Tombo da Matriz do Caicó: “Visitando a Igreja de Santa Anna da freguesia do Seridó, louvo primeiramente o modo com que o Reverendo Pároco conduz o rebanho que lhe foi cometido pela Divina providência, e animando-o à virtude, já com a palavra, já com o exemplo”.

26-09-1954

Circula o primeiro número do jornal ‘O Ideal’.

26-09-1954-b

Falece em Caicó, o Dr. Ruy de Medeiros Mariz. Diplomado pela Faculdade de Medicina da Bahia, cumpria seu mandato como prefeito municipal, quando prematuramente faleceu, comovendo todo o povo caicoense.

26-09-1858

Por revolução provincial, era criada nesta uma cadeira de primeiras letras do sexo feminino na povoação de Jardim de Piranhas, termo da Freguesia do Príncipe.

26-09-2007

Uma comitiva formada pelos vereadores Cláudio Sandêgi e Allysson Gurgel, por Vânia Fontes, presidente da CDL, J. Jorge, da ACISC, e Cleide Nogueira e Leandro Dantas, empresários de Caicó, estiveram com o titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Marcelo Rosado. Na oportunidade, foi discutido a implantação de um distrito industrial em Caicó.

27-09-1780

Nesta data, foi concedida a patente de tenente-general do Regimento de Ordenanças da Ribeira do Seridó, a Antônio Francisco de Miranda.

27-09-1806

Nesta data, um certo Tomás de Araújo Pereira (que não era filho do patriarca de igual nome, da fazendo Picos, do Acari), foi promovido a Capitão da Primeira Companhia de Cavalaria da Ordenanças da Vila do Príncipe.

27-09-1940

Nasce Cícero Cesino de Medeiros, no Sítio Umari, município de Caicó. Diplomado em Biologia, reside na capital potiguar, onde exerce suas atividades profissionais. Conhecido como o ‘Rei da Caatinga’, profundo conhecedor da formação geológica, das riquezas naturais e dos recantos mais interessantes do interior do Rio Grande do Norte, é um conceituado e requisitadíssimo guia turístico-ecológico.

27-09-1965

É inaugurada a TELERN, em Caicó.

28-09-1866

Em relatório apresentado ao governo provincial, o Secretário de Polícia, senhor Joaquim Guilherme de Souza Caldas, informa que a população do município da Vila do Príncipe, era a seguinte:

Localidade	Homens	Mulheres	Total
Príncipe	1.502	1.551	3.053
São J. do Príncipe	475	472	947
J. de Piranhas	436	455	891
S. M. de Jucurutu	237	257	484
Palma	575	543	1.118
Serra Negra	355	344	699
Total

28-09-1684

Por concessão assinada pelo capitão-mor e governador do Rio Grande, Manuel Muniz, os coronéis Antônio de Albuquerque da Câmara e Luís de Souza Fuma, Lopo de Albuquerque da Câmara e Pedro de Albuquerque da Câmara, obtiveram uma data e sesmaria com 12 léguas de terras no sertão do Acauã, “onde habita a nação do Tapuya Caninde, e Janduí”, confrontando com as terras que já lhes haviam sido anteriormente concedidas pelo governador Geraldo de Suny, em 1679.

29-09-1825

Era assassinado na povoação de Jardim de Piranhas, termo do antigo município da Vila Nova do Príncipe, o padre Antonio José Ferreira Nobre. Esquecendo seu ministério, o referido sacerdote entregou-se aos prazeres da carne e “segundo a tradição oral da região, o padre Ferreira Nobre era dono de um comportamento pouco recomendável. Envolveu-se em uma luta corporal com uma mundana, tentando tomar uma faca portada pela mesma, tendo sido, então, atingido comum golpe mortal”. Sepultado na Igreja Matriz de Caicó, o termo de óbito do padre Antônio José Ferreira Nobre, foi assim lavrado: “Aos vinte e nove dias do mez de settembro de mil oitocentos e vinte e cinco na povoação do Jardim de Piranhas desta Freguesia do Seridó faleceo repentinamente sem sacramentos, por motivo d’huma facada em hua coxa da perna, o Reverendo Antônio José Ferreira Nobre, Prebistero Secular, com idade de vinte e seis annos. Seu cadaver foi sepultado nesta Matriz de Santa Anna, junto à grade do arco para baixo em o dia seguinte, sendo involto nas vestes sacerdotaes de cor roxa, acompanhado solemnemente, e encommendado por mim; de que para constar fiz este Assento que assigno. O Vigrº Francisco de Brito Guerra”.

29-09-1940

É inaugurada a Capelina de São Sebastião, em Caicó.

30-09-1929

O padre Bianor Aranha, vigário da Matriz de Caicó, lançou a pedra fundamental da construção da capela de São Severino Mártir, em Timbaúba dos Batistas.

Walfredo Gurgel

30-09-1965

O caicoense Walfredo Gurgel, candidato ao governo do Estado faz a seguinte proclamação ao povo do Rio Grande do Norte:

“PALAVRAS DE UM HOMEM DE PALAVRA

A todo cidadão, a oportunidade de trabalhar e progredir.

A toda criança, o amparo necessário para que cresça com saúde e se eduque com proveito.

A toda esposa e mãe, o reconhecimento do caráter sagrado de sua missão, assistindo-a com desvelo e carinho.

A toda família, o estimulo decorrente da tranqüilidade social e harmoniosa propriedade.

A todo trabalhador, a preservação dos seus direitos e prerrogativas, mediante justa remuneração e devida assistência.

A todo funcionário publico, a retribuição equânime por seus esforços, num ambiente de trabalho construtivo.

A todo profissional liberal, um campo propício à expansão de sua capacidade.

A todo inativo, um pronto e eficaz sistema assistencial com o objetivo de devolvê-lo ao convívio útil da sociedade.

A todos os poderes, o indispensável respeito mútuo, para que de tudo resultem benefícios à coletividade.

Eis a minha palavra de fé e confiança, certo de que com a ajuda de Deus possa fazer um Governo de paz e progresso. Para isto, encerro minha campanha política, sem mágoas e sem rancor, mas pleno de esperanças, reunindo todas as minhas forças no sentido de dar ao Rio Grande do Norte o lugar que merece na nova etapa de desenvolvimento do Nordeste e do Brasil.

Natal, 30 de setembro de 1965. Mons. Walfredo Gurgel”.